Aos 73 anos, a professora Aparecida Soares de Moura Bis leciona há 11 anos como eventual, mas trabalhou como monitora dez anos. “Já lecionei na Mitiko Nevoeiro, Sueli Marin, Rehder Neto, Darcy Reginatto, Ephraim Ribeiro”, contou à reportagem ao enfatizar que continua firme em suas aulas.
A professora conta que sempre gostou de ensinar e ver o desenvolvimento das crianças. “Quando minha filha nasceu, me dediquei a ela, mas sempre dei aulas particulares para os vizinhos em troca de brinquedos e ursinhos.
Quando comecei a trabalhar como monitora na prefeitura, percebi que gostava mesmo era de ensinar, ver a felicidade estampada no rostinho dos alunos quando aprendem algo novo”, conta sobre como resolveu escolher a profissão.
“Ser professora é uma bênção, ensinar e compartilhar os conhecimentos com os pequenos é gratificante demais, amo minha profissão”, frisa.
TODOS OS DIAS
Para Aparecida, o professor deveria ser reconhecido todos os dias, dado seu compromisso com a educação da sociedade. “Essa comemoração devia ser todos os dias. Ser professor é uma tarefa árdua, exige muita dedicação e comprometimento, acima de tudo, requer muita sensibilidade com o aluno, exigindo que os professores pesquisem e busquem novas formas de passar o conhecimento para aquele aluno”, reflete.
SEM ESSÊNCIA
Ela analisa que a educação, no atual momento, perdeu sua essência. “Infelizmente, a educação está perdendo a essência principal, que são os valores e o respeito perante a família e a sociedade”, afirma.
A professora cita ainda o poder de transformação que a educação pode exercer sobre a sociedade e destaca que é por esse motivo que está sendo alvo. “A educação tem o poder de transformar a sociedade, sim, e é por este motivo que ela vem sendo atacada e controlada pelos órgãos governamentais”, analisa.
DICA
Apaixonada pela profissão, a professora orienta quem quer ingressar na área: “Bem, eu diria para se embasar bem na teoria para conseguir explicar e defender a metodologia utilizada e o seu próprio ponto de vista. A educação não pode ficar na superficialidade”, enfatiza.
EPHRAIM
Com 33 anos de atuação no magistério, a professora Maria Fernanda Bordignon defende que a educação é a base para qualquer profissão. “Mas a sua importância, em essência, é colaborar para a interpretação do mundo, desvendando mistérios com leitura, experimentos, observações e vivências. É mudar a realidade usando pensamento, o conhecimento e inquietudes que transforma, aprimora, inova”, acrescenta ao destacar que o professor é o facilitador para que a educação aconteça.