Historicamente em setembro, recebemos as primeiras chuvas da primavera, as árvores frutíferas de nossos quintais, acerola, pitangueiras, uvaia, jabuticabeiras, florescem e começam dar os frutos, por nós muito apreciados e que fazem a festa dos pássaros que nos visitam.
Em casa tenho uma jabuticabeira Sabará (myrciaria), que normalmente produz seus frutos duas vezes ao ano. Este ano a estiagem prolongada, embora eu a molha-se diariamente, seus frutos apareceram miúdos e mirrados, prova que a água da chuva é imprescindível.
A situação preocupante nos é oferecida diariamente pela imprensa escrita e televisada. No oriente médio, principalmente na Jordânia, a população está abandonando suas cidades, pela falta de água potável.
No Japão, vivenciamos um furacão devastador, ocasionando muitas mortes e prejuízos incalculáveis.
O aquecimento global continua derretendo as geleiras da Antártida que, sem dúvida, virá a ocasionar o desaparecimento de muitas ilhas habitadas e até mesmo algumas cidades.
No Brasil, não é diferente. No nordeste, muitas cidades estão em estado de calamidade pela falta deste precioso líquido.
Em nossa região, várias cidades estão sobrevivendo com a extração de água, através de poços artesianos, perfurando até 300 metros para encontrar o lençol freático.
Em Rio Claro, não é diferente: o DAAE solicita que a população use a água, estritamente, para o consumo humano e higiene pessoal.
Nosso principal fornecedor de água nasce na cidade de Analândia, na fazenda são Francisco e, com o auxílio de outra nascente, na fazenda São Sebastião, formam o córrego do cavalheiro que, em sua caminhada, formam o nosso querido rio Corumbataí.
As pessoas mais antigas se recordam de nossa cidade com cerca de cem mil habitantes, do trem de aço da Cia Paulista, o famoso quatro e oito. Pois nossos relógios eram acertados com o nosso apito. Naqueles tempos, o nosso Corumbataí caminhava em seu leito com cerca de um metro e meio de água.
Nos dias atuais, nossa cidade conta com cerca de duzentos mil habitantes, muitas indústrias, lavoura, pecuária, muitos consumidores de água, e o nosso Corumbataí, com um volume médio de quarenta centímetros de água, realmente a situação é preocupante….
Muitas vezes, tenho lido que pessoas se queixam do custo de nossa água tratada,
É o direito de cada um, mas…. se um dia tivermos de (dessalinizar) água do mar para o nosso consumo e sobrevivência, com certeza irá nos custar cinco ou vezes mais por metro cúbico consumido .
Que Deus nos ajude mandando-nos aquelas chuvas serôdias para nossa alegria e bem- estar. Bom dia…
Por Waldemar Bóbbo