A Polícia Federal em São Paulo indiciou 12 pessoas por desvio de dinheiro das obras do Rodoanel, trecho norte, em São Paulo. O processo corre sob sigilo e o nome dos indiciados não foi informado pela Polícia Federal. Segundo noticiado por veículos de imprensa, entre os indiciados estaria Laurence Casagrande Lourenço, ex-presidente da Dersa – Desenvolvimento Rodoviário, empresa de infraestrutura viária do estado de São Paulo.
O inquérito policial foi encaminhado para o Ministério Público Federal na última sexta-feira (20). O MPF deve agora decidir se faz uma denúncia à Justiça, se arquiva o processo ou se pedirá novas diligências.
O trecho norte do Rodoanel Mario Covas, previsto para ser inaugurado em 2019, terá 44 quilômetros de extensão no eixo principal, passando pelos municípios de São Paulo, Arujá e Guarulhos, e mantendo uma ligação exclusiva de 3,6 quilômetros com o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Segundo a Dersa, o trajeto total tem 176,5 quilômetros no entorno da região metropolitana de São Paulo, servindo como interligação com as rodovias estaduais e federais e desviando grande parte do trânsito das Marginais Tietê e Pinheiros.
No dia 21 de junho deste ano, a PF deflagrou a Operação Pedra no Caminho, que investigou desvios de R$ 600 milhões das obras do rodoanel. Quatorze pessoas foram presas temporariamente na operação por fraude à licitação, estelionato contra o poder público, falsidade ideológica e associação criminosa. Entre os presos no mês passado estava Laurence Casagrande Lourenço.
OPERAÇÃO
A investigação que resultou na Operação Pedra no Caminho teve início em 2016 com a instauração de um inquérito a partir da denúncia de um ex-gerente de uma empreiteira. O ex-gerente alegou que não concordava com os desvios de dinheiro e por esse motivo foi exonerado do cargo.
De acordo com o Ministério Público Federal, as fraudes, que envolveram desvios e superfaturamento, estão relacionados a um convênio firmado entre a estatal estadual e a União no valor de R$ 6,4 bilhões. A procuradoria estima que os desvios chegaram a R$ 600 milhões.
Agência Brasil