Está se tornando comum manchetes como “Celular explode e mata operário na China”, “Celular explode em bolso de jovem”, “Celular explode e queima orelha de dona de casa”.A verdade é que o telefone celular se tornou essencial na vida moderna. E ele está presente em todas as classe sociais e profissionais, estudantil.
E hoje ele não é mais um simples telefone. Eles, hoje, para o que menos serve é para chamadas telefônicas. Hoje eles são poderosas câmeras, consoles de videogame e MP3 players…
Um jovem, quando trabalhava em uma fábrica, teve o seu celular no bolso da camisa que explodiu tirando-lhe a vida instantaneamente. No interior do Estado de São Paulo, uma jovem de 14 anos viu seu celular explodir quando estava no bolso de sua calça, causando-lhe sérios danos.
Estes são apenas dois casos de um número enorme de notícias pelo mundo. E na realidade, há uma injustiça aí. Não são os aparelhos celulares que explodem e sim suas baterias.
Na verdade, apesar de termos bastante casos relatados e noticiados, a relação de número de celulares no mundo e os casos de acidentes com explosões mostra que são raros esses casos. Mas eles existem e, portanto, precisam ser evitados.
O analista de sistemas da OverSoft Informática e Multimidia, Hernani José de Lima, explica os riscos existentes.
“Na verdade, o risco de uma bateria de celular ou de qualquer outro dispositivo eletrônico explodir é pequeno. Mas, eles existem e há a necessidade de prevenção.
A maioria das baterias recarregáveis dos dispositivos eletrônicos atuais é de íons de lítio. Baterias de lítio são produzidas a partir de uma mistura de componentes químicos inflamáveis, que são expostos a uma carga elétrica. Elas possuem dois eletrodos, um positivo e outro negativo, chamados de ânodo e cátodo. A energia elétrica entra pelo ânodo e sai pelo cátodo. Se estes dois eletrodos entrarem em contato (curto-circuito) haverá uma explosão.
Quando o invólucro da bateria é perfurado, ou se rompe, seus componentes químicos entram em contato com o ar e então ocorre uma explosão. Sendo assim, tome muito cuidado ao manipular uma bateria, lembrando-se sempre de descartá-la corretamente, jamais jogando-a no lixo.
A maior incidência de explosões em baterias de lítio é devido ao superaquecimento.
Não devemos nunca deixar nossos dispositivos eletrônicos expostos ao sol ou altas temperaturas, seja dentro de nosso carro ou ao lado da piscina. Uma bateria pode também superaquecer caso o dispositivo seja utilizado durante o recarregamento. Evite ao máximo esse procedimento. Utilize sempre baterias, carregadores e cabos USB originais. Evite umidade e quedas.
Estes conselhos servem para todos os tipos de dispositivos eletrônicos recarregáveis, tais como MP3 players, palmtops, laptops, smartwatches, etc.”, explicou Hernani.
O perigo dos piratas
No último dia 19, o telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, mostrou que a grande maioria dos acidentes acontecem quando se usa carregadores piratas, aqueles que não tem a certificação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
E o comércio desses aparelhos piratas, vem sendo apontado como o grande vilão nos casos de acidentes relatados.
E não são só os carregadores piratas que podem causar os acidentes. O mesmo se pode dizer das capinhas coloridas e bonitinhas que se compra para mudar o visual do celular. Por trazerem tamanhos milimetricamente diferentes à da capa original, elas podem pressionar o circuito da bateria e causar a explosão.
Quanto às baterias falsificadas então, nem é preciso comentar! Se as originais, que são produzidas por empresas confiáveis e seguem normas de segurança, já dão problema, imagine essas que vendem pelas esquinas! Portanto, comprar itens originais é, acima de tudo, uma questão de segurança.