Ocorrências no trânsito em Rio Claro tiraram a vida de 19 pessoas, sendo que dez foram em rodovias. Um em janeiro, na Rodovia Rio Claro/Ipeúna, envolvendo uma moto. Na Rodovia Washington Luiz, foram dois óbitos em abril após capotamento de veículo, dois em junho, sendo um deles com a morte de um ciclista, e o outro um motociclista.
O quinto acidente com vítima fatal na mesma rodovia foi em julho, quando um ciclista também perdeu a vida. Até julho, quatro pessoas morreram em acidentes na Rodovia Fausto Santomauro, três envolvendo carros e, um, motocicleta.
Os dados da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, disponibilizados ao Diário do Rio Claro, mostram ainda que a maioria das vítimas é homem. Dos 19 óbitos, 16 foram vítimas do sexo masculino.
QUATRO ÓBITOS FORAM DE CICLISTAS
O corpo de Idair Secco, de 49 anos, foi sepultado no Cemitério Parque das Palmeiras, em Rio Claro, na tarde dessa quinta-feira (29). A vítima não resistiu aos ferimentos após ser atropelada em trecho da Rodovia SP-127, que liga Rio Claro a Piracicaba, na tarde de quarta-feira (28). Conforme registro, Idair seguia com uma bicicleta motorizada quando ocorreu a colisão com outro veículo. O homem chegou a ser socorrido e morreu pouco depois do acidente. Ele era morador do bairro Jardim Guanabara 2.
OUTRO ACIDENTE
Este foi o segundo acidente em quatro dias envolvendo ciclistas de Rio Claro e que os motoristas não pararam para prestar socorro às vítimas. O primeiro foi registrado na noite de domingo, na Rodovia Constatine Peruchi, altura de Cordeirópolis. A vítima, João Álvaro Cocco, voltava de um passeio, no bairro de Cascalho, o que costumava fazer com frequência, e foi atropelado por um veículo.
O condutor não parou e fugiu do local. O próprio ciclista chegou a pedir ajuda por ligação e foi socorrido pela Polícia Rodoviária e Samu. Após dar entrada no PSMI de Rio Claro, João Álvaro precisou aguardar uma vaga para passar por cirurgia. O procedimento foi realizado na noite de terça-feira (27), na Santa Casa de Rio Claro.
ESTADO DE SAÚDE
Segundo a assessoria da Santa Casa de Rio Claro, João Álvaro Cocco, até o fechamento da edição, seguia internado em observação.
CICLISTAS
Quem ama o esporte e pratica com frequência o ciclismo teme pelos riscos e falta de respeito, seja nas vias urbanas ou rodovias. “Sou ciclista em Rio Claro, ajudo a puxar pedais semanais noturnos. Às terças-feiras, puxamos um pedal urbano, onde temos encontrado dificuldades constantes com os motoristas da cidade. Muitos desrespeitam os sinais de trânsito e faixa de ciclovias.
Infelizmente, só esta semana houve dois casos de acidentes graves e isso tem nos deixado preocupados. Cada vez mais, procuramos fazer o passeio fora do horário de pico. Esperamos um pouco mais de respeito dos motoristas. Tivemos já alguns casos de apressadinhos que ameaçam jogar seus veículos por cima da gente, mas não houve acidentes. Não é uma bicicleta e sim uma vida que está nela”, declarou o Administrador do Grupo Loucos por Pedal RC, Tiago Henrique Naidhig.