A displasia coxofemoral (DCF) é uma das doenças ortopédicas mais comuns em cães, que acomete principalmente cães de médio e grande porte, independentemente do sexo. Essa afecção é caracterizada como uma falha no desenvolvimento da articulação coxofemoral causado por uma incongruência (mal encaixe da cabeça do fêmur com o acetábulo), esta incongruência tem como causa fatores hereditários e ambientais, tais como; ganho de peso, rápido crescimento ou dieta nutricional excessiva, culminando com desgaste da cartilagem articular precoce.
O diagnóstico de DCF deve ser baseado no histórico do caso, nos sinais clínicos e alterações radiográficas. Durante o histórico do paciente displásico há relatos de dificuldade em levantar-se após períodos de descanso, intolerância ao exercício e claudicação, tais sinais iniciam-se entre quatro meses ou um ano de idade. Conforme o avançar da idade, os animais poderão apresentar dificuldade em realizar atividades como; levantar, caminhar, correr, saltar e subir escadas, sendo ainda mais difícil se expostos a lugares lisos e escorregadios.
O exame ortopédico faz parte do protocolo para se diagnosticar a doença, além de avaliar a possibilidade de frouxidão articular, através de 2 métodos mais conhecidos, como o teste de Bardens e Ortolani. No entanto, o diagnóstico definitivo só pode ser estabelecido através de avaliação radiográfica onde o animal deve estar anestesiado para um relaxamento e um posicionamento adequado.
O tratamento, conservativo ou cirúrgico de acordo com a severidade do quadro clínico, tem como objetivo reduzir a dor e estabelecer um melhor apoio dos membros do animal, dessa maneira o tratamento para DCF deve proteger a cartilagem articular e prevenir a aceleração da doença articular degenerativa (artrose). Cirúrgico ou conservativo indica-se também exercícios moderados como; caminhada, natação, controle de peso, evitar sobrecarga e associado a suplementação com ácidos graxos, ômega 3, condroprotetores como glucosamina e condroitina.
A melhor maneira de se identificar, diagnosticar e tratar animais com DCF é com o auxílio de um Médico Veterinário Especialista, ele poderá orientar e realizar o melhor tratamento, seja ele conservador ou cirúrgico.
Colaboração: Dr. Me. Esp, doutorando Thales Bregadioli – Médico Veterinário na Clínica Bicho Solto. Rua 3, n. 51. Avs. 23 e 25 – Cidade Jardim. Telefone: 3617-1355. Rio Claro – SP.