Neste domingo (4), o Centenário trará à tona o trabalho desenvolvido pelo Centro de Apoio e Integração à Criança, Adolescente e Família de Ipeúna (Caicafi), entidade filantrópica fundada em 10 de novembro de 2003 por Jaime de Oliveira Loyola e Bela Borges de Souza Loyola, pais de uma filha com deficiência visual e intelectual, que não encontravam na vizinha cidade atendimento profissional especializado. A reportagem conversou com Bela Borges e, a partir de agora, você, leitor do Diário do Rio Claro, se inteirará acerca do nobre trabalho desenvolvido pelo Caicafi.
O propósito
Bela relata que, assim como eles, outros pais enfrentavam a mesma dificuldade, ou seja, não encontrar em Ipeúna amparo necessário aos filhos. Surgiu, então, a ideia da criação de uma entidade que atendesse às necessidades dessas famílias. “Naquele momento, o trabalho começou a estruturar-se, primando por garantir um atendimento clínico educacional adequado às pessoas com deficiência, assegurando a elas seus direitos como cidadãos e uma vida mais integrada à sociedade”, assevera.
Serviços
O Caicafi, por intermédio de uma equipe multidisciplinar, realiza atendimentos gratuitos nas seguintes áreas: psicologia; fonoaudiologia; fisioterapia; terapia ocupacional; e pedagogia. De acordo com Bela, os atendimentos são oferecidos às pessoas com deficiência, desde a infância até a idade adulta, que apresentam déficits no desenvolvimento neuro/psico/motor causados por síndromes genéticas, distrofia muscular, paralisia cerebral, autismo, distúrbios de comportamento, múltiplas deficiências ou deficiências específicas, tais como intelectual, visual, auditiva, entre outras.
Infraestrutura
Bela enfatiza que, além dos atendimentos clínicos, é oferecido aos usuários um espaço voltado ao suporte das especificidades, possibilitando maior autonomia e o exercício de atividades no cotidiano. Através de vivências diárias, são criadas oportunidades de inclusão na comunidade, da ampliação do universo cultural e da pré-profissionalização. Ao Número 1, Bela esmiúça as benfeitorias disponibilizadas pela entidade.
Inclusão escolar – A inclusão escolar é uma meta almejada pelo Caicafi, que busca cotidianamente a oferta de oportunidades que garantam o acesso e a permanência deste indivíduo na escola. “Neste sentido, assumimos uma aposição de não discriminação e sim da integração da pessoa com deficiência”, garante.
Atendimento familiar – Considerando o princípio da integração, as famílias ocupam um papel prioritário e de destaque na organização do trabalho desenvolvido no Caicafi. O conhecimento da realidade de cada família, seu acolhimento, bem como a participação de seus integrantes no cotidiano da instituição, possibilitam o desenvolvimento contínuo do paciente, o aperfeiçoamento de suas habilidades, aprimorando o olhar tanto da família, quanto dos profissionais sobre suas necessidades.
Amigos do Caicafi – Por meio de parceria com a Prefeitura Municipal de Ipeúna, Câmara de Vereadores, mantenedores (pessoa física e jurídica), voluntários e eventos beneficentes, o Caicafi atente atualmente 80 pacientes e suas famílias, aproximadamente 792 atendimentos mensais entre crianças, adolescentes e adultos. “Com o seu trabalho, o Caicafi não só dispensa um atendimento de qualidade, como também favorece a mudança de atitudes quanto à discriminação e à criação de comunidades que acolham a todos”, certifica Bela Borges.
Atuais demandas e necessidades
Bela conta que, em breve, se dará a construção de prédio próprio em terreno já doado ao Caicafi, a fim de que as atividades sejam desenvolvidas em ambientes mais adequados com a oferta de salas de atendimentos clínicos que atendam às especificidades de cada área: informática, biblioteca, área para práticas esportivas, cozinha preparada para a profissionalização, entre outras.
“Assim, poderemos ampliar a oferta do número de vagas e o número de oficinas e vivências. Ampliação da oferta de atividades às famílias, intensificando o acolhimento e envolvendo-as ainda mais no processo de desenvolvimento de seus filhos”, ressalta e acrescenta que o avanço da entidade tem sido garantido pelos importantes parceiros que conquistou, voluntários e profissionais dedicados, no entanto, os avanços conquistados também lançam novos desafios.
A idealizadora do Caicafi afirma que, assim, “nossa porta está abeta para novas parcerias, as quais possibilitarão novas iniciativas e projetos.” E convida: “Venha nos conhecer. Venha participar conosco da construção de uma sociedade mais fraterna.”
O Caicafi fica na Avenida 5, número 409, no Centro de Ipeúna. Telefone: (19) 3576-1350; e-mail: caicafi@hotmail.com.
