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Na ânsia de acordo com EUA, Bolsonaro teme “armadilhas” em acordo com a UE
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nessa terça-feira (31) estar preocupado com possíveis “armadilhas” no acordo comercial do Mercosul com a União Europeia, que possam prejudicar um futuro acordo com os Estados Unidos. A declaração foi dada a jornalistas após o presidente se reunir, no Palácio do Planalto, com o secretário de comércio norte-americano, Wilbur Ross, que cumpre agenda oficial no Brasil. “Todo mundo está preocupado com algumas armadilhas, todo mundo preocupado com isso aí, que você talvez possa, no acordo [União Europeia] com Mercosul, ter algum problema ao assinar um acordo com EUA.
Isso vai em cima até numa questão de inteligência, todo mundo tem que se preocupar com isso daí, tem que saber se porventura há armadilhas ou se não há. A gente parte do princípio que não há”, afirmou. Pouco antes, o presidente também participou da cerimônia de troca da Grande Guarda Presidencial, na sede do Poder Executivo. Em evento realizado na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo, Wilbur Ross argumentou que há diferenças entre as exigências para comércio com a União Europeia e com os Estados Unidos.
Nesse caso, parâmetros e padrões relacionados a diversos setores econômicos, bem como indicadores e regulação sanitária, por exemplo, poderiam travar um eventual acordo com o Brasil, já que o país pode ter aderido aos padrões europeus no acordo fechado recentemente entre o Mercosul e a União Europeia. Ele deixou claro que há interesse dos EUA em estabelecer livre comércio com o Brasil, mas pediu cuidado para que o país “não caia em armadilhas” que dificultem um acordo futuro com os americanos.
Declaração
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, entrou com uma interpelação nessa quarta-feira (31) no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente Jair Bolsonaro explique declarações a respeito do pai dele, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, desaparecido durante a ditadura militar. A defesa quer que o presidente dê explicações sobre a afirmação feita nessa segunda-feira por Bolsonaro de que “um dia” contará ao presidente da Ordem como o pai do advogado desapareceu na ditadura militar, caso a informação interesse ao filho.