Dados divulgados na quinta-feira (25) pelo Ministério da Economia apontam que a economia brasileira gerou 408.500 empregos com carteira assinada nos seis primeiros meses do ano.
O saldo é obtido contabilizando a diferença entre contratações e demissões. No período, foram 8.221.237 contratações contra 7.812.737 demissões.
O governo federal informou que foi o melhor resultado para o primeiro semestre desde 2014, que somou 588.671 empregos formais.
RIO CLARO
Em seis meses, Rio Claro já ultrapassou o saldo de empregos formais gerados em 2018. Entre janeiro e junho deste ano, foram 874 carteiras registradas, contra 712 no ano anterior inteiro.
Mesmo com número positivo no semestre, o mês de junho de 2019 teve saldo negativo de 97 demitidos.
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o melhor saldo anual registrado no município desde 2002 foi no ano de 2010, que gerou 4.634 empregos formais. Já o ano com o pior desempenho foi em 2015, quando registrou saldo negativo de 2.873. Tanto o melhor resultado quanto o mais baixo foram obtidos no governo do então prefeito Du Altimari (MDB).
CENÁRIO
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Rio Claro (Acirc), Antônio Carlos Beltrame, o Secreta, é perceptível a diminuição do número de demissões em todos os setores da economia brasileira. “[As demissões] não acontecem mais em grandes volumes, mas continuam ocorrendo”, esclarece à reportagem.
ACOMODAÇÃO
Beltrame opina que, passados os primeiros meses de entusiasmo em relação ao governo, o mercado acabou se acomodando. “Porém, já é perceptível uma pequena retomada. A confiança do consumidor vem aumentando, as propostas do governo vêm sendo aprovadas, logo, as vagas vêm aparecendo”, destaca.
INVESTIMENTO
O presidente da Acirc destacou que, de acordo com um levantamento da Boa Vista Serviços, o comércio (em um percentual de 53%) será o setor que mais vai investir ao longo do ano. “Os investimentos serão em Pessoas, Tecnologia e Novos Produtos e Serviços. A Indústria vem logo atrás, com 49% dos empresários entrevistados”, frisou.
MOVIMENTO
Sobre a economia local, Beltrame destacou que já é percetível também o aumento do número de consumidores. “Já percebemos que logo após a data do pagamento, bem como aos sábados, o movimento de consumidores aumentou significativamente”, destaca.
Já em relação à expectativa do empresariado, foi enfático: “Mais empregos, mais salários, mas confiança. É isso que esperamos que ocorra com as reformas que o governo vem propondo”.
CIESP
O Centenário entrou em contato com a assessoria do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que argumentou que a entidade não comenta dados do Caged. “Nossa próxima pesquisa de emprego, com os dados de julho, está prevista para ser divulgada no dia 15 de agosto”, informou em nota.