Em sessão conturbada na noite dessa segunda-feira (15), vereadores votaram sobre o pedido de cassação ao prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria (Democratas), protocolada na Câmara na sexta-feira (12). O plenário estava repleto de manifestantes e equipe de governo, que lotaram o local.
Por 11 votos a sete, ficou decidido pelo arquivamento do pedido. O grupo governista, conforme informações de bastidores, defendeu que a petição não apresentava motivos robustos para a abertura do processo.
DEFESA
Antes da votação, o advogado do prefeito, Rubens Catirce Junior, usou a Tribuna Livre e fez uma breve defesa do democrata. “O Daae é uma autarquia que tem toda a prerrogativa de efetuar cobranças e fazer a gestão. É um órgão independente”, disse sobre o apontamento na petição que falava sobre a inadimplência de contribuintes de Rio Claro.
Sobre os requerimentos que a petição destacava que não eram respondidos devidamente, foi enfático: “A prefeitura nunca deixou de responder nenhum deles”.
O advogado foi interpelado pelos vereadores Luciano Bonsucesso (PL) e Rafael Andreeta (PTB) e tentou responder os questionamentos, mas o presidente da Câmara, André Godoy (Democratas), manifestou que a defesa se concentrasse em seu discurso inicial.
ARQUIVAMENTO
Votaram pelo arquivamento do pedido os vereadores Julinho Lopes (Progressistas), Adriano La Torre (Progressistas), Ruggero Seron (Democratas), Geraldo Voluntário (Democratas), Ney Paiva (Democratas), Val Demarchi (Democratas), Irander Augusto (PRB), Carol Gomes (PSDB), Paulo Guedes (PSDB), Hernani Leonhardt (MDB) e José Pereira (PTB).
CASSAÇÃO
Votaram pela abertura do processo de investigação por um suposto crime de responsabilidade os parlamentares Maria do Carmo (MDB), Luciano do Bonsucesso (PL), Rafael Andreeta (PTB), Thiago Iamamoto (PSB), Anderson Christofoletti (MDB), Rogério Guedes (PSB) e Yves Carbinatti (Cidadania).
CENÁRIO
Neste ano, este é o segundo pedido de cassação feito na Câmara. O primeiro aconteceu no dia 8 de abril e foi contra o vereador Paulo Guedes (PSDB), devido a uma condenação na justiça em primeira instância por suposta prática de rachid. Vale destacar que parte dos parlamentares que votaram pela abertura do processo de cassação do prefeito foi contrária à abertura da comissão processante contra Guedes e outros se ausentaram na votação do tucano.
PETIÇÃO
Diferente do que foi divulgado por internautas nas redes sociais, que citam que o motivo do pedido de cassação se referia à saúde de Rio Claro, a petição tomava como princípio a inadimplência de R$ 76 milhões que contribuintes têm com o Daae e questionava os motivos do empréstimo solicitado por Juninho. Citava ainda a falta de respostas do Executivo aos requerimentos dos vereadores.