A prefeitura de Rio Claroi informou à reportagem do Centenário que o município atingiu a meta geral da campanha nacional de vacinar 90% das pessoas dos grupos prioritários. “Restam poucas doses da vacina contra a gripe nas unidades municipais de saúde”, destacou em nota.
De acordo com a informação oficial, até a tarde dessa quinta-feira (11) 74.313 doses haviam sido aplicadas. “Sendo 44.152 nos pertencentes aos grupos prioritários (gestantes, trabalhadores de saúde, professores, portadores de doenças crônicas e puérperas), 11.799 nos portadores de comorbidades (hipertensão, diabetes, etc) e 18.362 na população em geral” afirma.
FIM DAS DOSES
Nas redes sociais, internautas reclamam de avisos fixados nos postos de saúde informando que não existem mais doses para adultos e temem por ainda não estarem imunizados. O problema foi constatado em unidades do Jardim Wenzel e no Jardim Boa Vista.
Questionada sobre quais unidades ainda possuem doses de vacina, a prefeitura enfatizou: “A orientação é para que as pessoas liguem para a sua unidade de saúde de referência para saber se ainda há doses disponíveis”.
A reportagem questionou também se existe previsão do poder público adquirir mais doses para atingir 100% da população, mas não obteve resposta.
CAMPANHA
A campanha de vacinação contra a gripe teve início em 10 de abril e desde então vinham sendo vacinados exclusivamente crianças até cinco anos, idosos com mais de 60 anos, trabalhadores de saúde, puérperas, gestantes, professores, policiais e bombeiros que estão na ativa e pessoas com doenças crônicas. Em seguida, foi aberta para a população em geral.
MORTE
No dia 11 de junho deste ano, a jovem Sabrina Silva, de 22 anos, morreu vítima de influenza tipo B, um dos tipos de gripe. De acordo com informações da secretaria de Saúde na ocasião da morte, o caso era acompanhado desde a internação no dia 27 de maio. O resultado de exame emitido pelo Instituto Adolfo Lutz confirmou a causa.
BAIXA ADESÃO
Na época da morte da jovem, o pneumologista e coordenador do curso de Medicina da Faculdade Claretianas, Jair Vergínio Júnior, enfatizou que a baixa adesão da população em tomar vacina é um dos principais problemas do agravo da situação.