O Brasil é o segundo país das Américas com mais casos de Sarampo. De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos anos, foram vivenciados surtos de sarampo no Brasil, sendo registrados em 2015, 211 casos da doença no Estado do Ceará, 02 São Paulo e 01 em Roraima, relacionado ao surto do Ceará. Como resultado das ações vigilância, laboratório e imunizações, em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo pela OMS, declarando a região das Américas livre do sarampo. No período de 2016 a 2017, não foi registrado nenhum caso da doença no país. Mas infelizmente a doença volta a assustar com surtos de sarampo em dois estados (Roraima e Amazonas). Neste ano no país já são 495 casos confirmados, segundo dados do setor de saúde.
Até o dia 27 de junho, foram confirmados 265 casos de sarampo no Amazonas, sendo que 1.693 permanecem em investigação. Já Roraima confirmou 200 casos da doença, enquanto 179 continuam em investigação. Ainda segundo a pasta, casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo (1), Rio Grande do Sul (6); e Rondônia (1). Outros estados têm casos suspeitos, mas que ainda não foram confirmados. Até o momento, o Rio de Janeiro informou oficialmente 18 casos suspeitos e dois casos confirmados de sarampo.
Casos também são registrados em Venezuelanos que vieram para o Brasil. Desde julho de 2017, a Venezuela enfrenta surto de sarampo. A atual situação sociopolítica e econômica enfrentada pelo país ocasiona um intenso movimento migratório que contribuiu para a propagação do vírus para outras áreas geográficas, incluindo o Brasil.
DOENÇA
O Sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. O vírus é transmissível e pode se alastrar rapidamente de forma similar à gripe, por vias respiratórias, por meio de um espirro, beijo, tosse e pelo contato com as mãos. E pode ocorrer no período de quatro a seis dias antes do aparecimento das erupções cutâneas, até quatro dias após.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, antes da introdução da vacina contra a doença, em 1963, e da vacinação das populações em massa, a cada dois ou três anos eram registradas importantes epidemias de sarampo, que chegaram a causar aproximadamente 2,6 milhões de mortes ao ano. Em 2016, 89.780 mortes por sarampo foram registradas em todo o mundo.
SINTOMAS
Febre alta, acima de 38,5°C, dor de cabeça, manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo, tosse, coriza, conjuntivite, manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas
VACINAÇÃO RIO CLARO
O Ministério da Saúde, juntamente com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, realizam de 6 a 24 de agosto de 2018, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo, sendo o dia “D” em 18 de agosto.
O objetivo é manter elevada a cobertura vacinal, evitando assim a reintrodução do vírus da Poliomelite bem como vacinar os menores de cinco anos de idade contra o sarampo e a rubéola, para manter o estado de eliminação dessas doenças no país.
As campanhas contra o sarampo são realizadas desde 1995, com a vacinação de população alvo específica que, na grande maioria das vezes, abrange as crianças de um a quatro anos de idade. A população alvo desta ação é composta de crianças de um ano até quatro anos 11 meses e 29 dias, correspondendo a 11.213.278 crianças. A meta mínima a ser alcançada corresponde a 95% de cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo. No estado de São Paulo 2.202,964 crianças devem ser vacinadas. Os pais devem ficar atentos e comparecerem com a criança e a caderneta em um dos postos de vacinação.
RIO CLARO
Em Rio Claro não existe registro de casos de sarampo. Também a partir do dia 6 de agosto, adultos que possuam apenas uma dose ou nenhuma da vacina tríplice viral deverão procurar uma das unidades de saúde para atualização da carteira de vacina
Por Janaína Moro