Depois de matéria publicada nessa terça-feira (28) no Centenário, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Rio Claro (Sindimuni) se manifestou com temor sobre a nova empresa que vai gerir o cartão alimentação dos servidores.
“Nosso temor é porque a empresa que ganhou a licitação não tem nenhum comércio cadastrado. Estamos receosos de não existir a rede que o funcionário está acostumado a gastar”, aponta o presidente do Sindimuni, Tu Reginato.
Conforme o sindicalista contou à reportagem, nem o sindicato e nem servidores estavam cientes da troca da empresa que vai operar o cartão do benefício. “Teve uma falta de comunicação com a prefeitura. Houve a licitação, até aí tudo certo, mas não fomos comunicados”, disse.
CONTA
Reginato acredita que o percentual que a empresa ofereceu de desconto à prefeitura, de 6%, acabará sendo repassado ao servidor. “O comerciante vai ter que repassar esse valor e quem vai pagar é o servidor, porque o empresário rio-clarense não vai perder”, analisa.
O vereador Rafael Andreeta (PTB) também se manifestou sobre o tema. “Vamos ficar de olho nessa empresa, porque ela tem que oferecer para o funcionário uma rede de locais para facilitar a vida dele e não ter que se deslocar para outras cidades para poder fazer compras”, disse à reportagem.
IMPASSE
O tema veio à tona quando a Associação Comercial e Industrial de Rio Claro (Acirc) se manifestou sobre o percentual de desconto dado pela empresa BIQ Benefícios LTDA. à prefeitura de Rio Claro. Conforme informado pelo gerente da entidade, Clóvis Delboni, a empresa que vai gerir o cartão abriu mão da taxa de administração e ainda deu o desconto, baixando o valor previsto de R$ 16.848 milhões para R$ 15.835.435,20 por ano.
Reunião foi realizada nessa terça-feira na sede da Acirc para explicar aos empresários do município como serão repassadas as taxas. “Não queremos que o nosso associado, o empresário de Rio Claro, pague uma conta que não é dele”, disse um dia antes da reunião.
BALANÇO
Clóvis fez um balanço da reunião que ocorreu nessa terça-feira (28). “O papel da associação é compreender o cenário e orientar”, enfatizou ao destacar que apresentou aos empresários do município números relativos à operação. “Os donos de estabelecimentos que estiveram na reunião se assustaram. Não tinham noção do quão danoso será ao pagar essa taxa altíssima”, disse à reportagem ao lembrar que nova reunião será feita para debater o tema.