O presidente Jair Bolsonaro (PSL) cancelou a ida a Nova York, nos Estados Unidos, onde participaria de evento em que seria homenageado como “Personalidade do Ano de 2019”. A homenagem foi proposta pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. A viagem estava prevista para este mês. Com a decisão, o presidente também cancelou agenda em Miami.
Em nota, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, diz que Bolsonaro agradece a homenagem proposta. “Entretanto, em face da resistência e dos ataques deliberados do prefeito de Nova York [Bill de Blasio] e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade”, destaca o porta-voz.
RECUSA
Bolsonaro seria homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, mas os locais escolhidos pela organização para a cerimônia se recusaram a receber o evento.
Além disso, empresas que patrocinam o evento desistiram de homenagear Bolsonaro, e o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, chegou a pedir a um dos locais escolhidos que não recebesse o presidente por considerá-lo um “ser humano perigoso”.
Esta seria a segunda viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos desde que ele assumiu a Presidência da República.
Em março, ele esteve em Washington, capital do país, para se reunir com o presidente Donald Trump. Na ocasião, Bolsonaro também se reuniu com empresários e “formadores de opinião”.
Durante a viagem, Bolsonaro assinou um decreto que permitiu a cidadãos dos Estados Unidos entrar no Brasil sem necessidade de visto.
Segundo ele, enquanto brasileiros vão ao país em busca de trabalho, americanos não visitam o Brasil em busca de emprego.