Segundo o último boletim divulgado pela Vigilância Epidemiológica, Rio Claro registra 101 casos positivos de dengue neste ano de 2019, sendo que 12 são importados de outras cidades e 82 autóctones, que significa que as pessoas contraíram no município.
VÍRUS
O Centro de Controle de Zoonoses também faz o alerta que o vírus tipo 2 da dengue voltou a circular na cidade, o que não era registrado desde 2012.
EXAMES
Em um grande laboratório de Rio Claro, uma das biomédicas confirmou o aumento na procura por exames de sorologia da dengue. “A entrada está alta, sim, e o resultado pode sair no mesmo dia”, disse.
Para realizar o exame na rede particular o paciente deve estar com, no mínimo, sete dias de sintomas e não é necessário nenhum preparo e nem guia de pedido, esclareceu a biomédica. O valor está na média de R$ 46,70 no particular, mas também pode ser feito pela cobertura de convênios.
A biomédica ressaltou ainda que, caso positivo, é feita comunicação para o município. “A dengue é uma doença de notificação compulsória, ou seja, todo resultado positivo deve ser comunicado”, salientou a especialista.
REDE PÚBLICA
Na rede pública, de acordo com a Fundação de Saúde, os exames para confirmação de dengue são feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e os resultados demoram alguns dias. A confirmação do diagnóstico é feita por exame de sangue específico para dengue. Em caso de óbito ou doença agravada por outras comorbidades, é feito pedido de urgência ao Instituto, que pode agilizar o procedimento. A Vigilância Epidemiológica ressalta que em caso de suspeita de dengue, os médicos realizam de imediato as ações para tratamento da doença e o exame é realizado somente para confirmar ou descartar o diagnóstico.
ALERTA
A prefeitura informou que ações de combate à dengue são realizadas, incluindo visitas casa a casa durante a semana e mutirões aos sábados. De janeiro a abril, cerca de 18 toneladas de criadouros foram recolhidas nos bairros durante os 11 mutirões de limpeza realizados. Vistorias em imóveis especiais, como escolas, e pontos estratégicos, como borracharias, também integram as ações.
Mas, embora continuem permanentes as ações da Secretaria Municipal de Saúde no combate ao mosquito Aedes aegypti, a cidade continua em situação de alerta no que se refere aos criadouros do mosquito no município. De acordo com Maria Júlia Guarnieri Baptista, Chefe de Núcleo de Endemias do CCZ, a maior concentração de casos de dengue está na área central e nos bairros Santa Cruz, Bonsucesso e Novo Wenzel.
No entanto, ela ressalta que praticamente em todas as regiões da cidade há casos positivos da doença. “É preciso, mais do que nunca, a participação da população para que Rio Claro mantenha a situação sob controle com relação ao número de pessoas infectadas”, afirma Maria Júlia.