Um bebê de apenas um ano e dez meses foi encontrado morto em uma residência no bairro Itamaraty, na cidade de Leme.
A Polícia Militar chegou a ser acionada, mas constatou a criança já sem vida. O caso foi registrado na manhã de quarta-feira (17). No mesmo dia, a Polícia Civil, após investigações, prendeu a mãe e o padrasto da menina, acusados como sendo os autores do homicídio. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico legal e os exames constataram que a vítima havia sofrido agressões.
O Capitão e Comandante da Polícia Militar de Leme, Roney Alexandre de Lima, confirmou sobre a apuração que levou o casal para cadeia. “Após um dia todo, a Polícia Civil fez as investigações, os exames de corpo delito, ouviu os dois e chegou à conclusão de que foram os causadores da fatalidade.
Então, o casal foi detido, está preso, os indícios concluíram que a menina foi agredida”, informou. Os dois seriam encaminhados para a cadeia de Limeira. A prisão preventiva já foi solicitada para justiça.
CASO
Dias antes, os profissionais da escola onde a menina ficava perceberam manchas pelo corpo da criança. Questionada, a mãe teria alegado que a menor estava com problemas de saúde, chegou a apresentar exames na unidade que apontavam plaquetas baixas e por isso surgiam os roxos pelo corpo.
A direção passou a acompanhar os procedimentos de saúde que iriam apontar se existia alguma doença e providenciou encaminhamento da criança para exames na cidade de Campinas, o que iria acontecer na quarta-feira (17), data da morte.
CONSELHO TUTELAR
Equipe do Diário do Rio Claro entrou em contato com o Conselho Tutelar da cidade de Leme, que informou que nunca havia recebido denúncia de maus-tratos contra a criança ou sobre a família.
Ainda de acordo com o órgão, a diretora da escola informou a situação ao Conselho Tutelar, que iria iniciar uma investigação. “A criança chegou a passar por vários atendimentos. A partir do momento que é constatada uma agressão, o Conselho Tutelar deve ser comunicado”, disse uma conselheira.
Os vizinhos da residência também serão ouvidos pela Polícia Civil. Segundo o que foi apurado, eles ouviam e viam certas situações, mas nunca denunciaram. “É um dever da família e da sociedade proteger. Denúncias devem ser feitas”, comunicou o Conselho Tutelar.