Enquanto a prefeitura defende a escolha dos locais para a colocação de radares em Rio Claro, os vereadores questionam a “indústria da multa”.
Na sessão da Câmara dessa segunda-feira (25), o vereador Yves Carbinatti (PPS) cobrou em requerimento o valor arrecadado com multas em 2017 e 2018, onde os recursos foram empregados e se o poder Executivo aplica algum percentual do valor para recapeamento das vias. “Se for para ser somente uma índústria de multas, eu sou contra. Agora, se for investido no próprio trânsito e em campanhas de educação, sou favorável aos radares”, destaca.
O vereador Rafael Andreeta (PTB) emendou a solicitação do colega e enfatizou que cobra o poder público desde 2016. “Estou na luta contra os radares desde 2016. Não sou contra, mas tem que ter em vias principais e que representam perigo. Sou contra da forma como é feito em nosso município, onde se coloca radar em lugares que é para andar a 30 quilometros por hora e não tem perigo”, diz ao frisar que não vê os recursos sendo aplicados no sistema viário.
ÍNDICE
O parlamentar Rogério Guedes (PSB), que circulou um vídeo nas redes sociais criticando a instalação dos radares, pediu os números relativos a acidentes nos pontos selecionados pela prefeitura para instalar os equipamentos. “Quero saber os índices de acidentes nos pontos e não na cidade inteira”, comenta.
Seron do Proerd (Democratas), que integra a base governista, também criticou: “o radar é importante, mas precisamos de uma contrapartida”.
SEM ACIDENTES
O vereador Pastor Anderson (MDB) destacou que os equipamentos estão sendo utilizados apenas para arrecadação para os cofres públicos e não para prevenir abusos no trânsito. “Estou vendo alguns radares sendo colocados em lugares que não têm acidentes. Quero que esclareçam como isso está sendo administrado ou se é uma forma de pegadinha”, disse.
PREFEITURA
Mais cedo, a prefeitura encaminhou à redação nota dizendo que tem início nesta quarta-feira (27) o retorno dos radares móveis. De acordo com a informação, são três equipamentos que são revezados em 65 pontos espalhados pela cidade.
“Queremos um trânsito com mais responsabilidade, menos colisões, menos atropelamentos, menos pessoas machucadas, menos mortes”, disse o secretário de Segurança, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Sistema Viário, Marco Antonio Bellagamba.
A orientação da prefeitura é para que os motoristas obedeçam aos limites de velocidade, independentemente da via ter radar ou não.