Neste domingo (20), celebra-se no Brasil o Dia do Farmacêutico.
Trata-se de uma data, cujo objetivo é dar ênfase ao profissional que tem como responsabilidade a promoção da saúde, o bem-estar das pessoas, além da conscientização quanto à utilização racional de medicamentos, dentre tantas outras atribuições.
O desejo de seguir a profissão
Humberto Carnahyba, 49 anos, exerce a profissão desde 1995. De acordo com ele, a vontade apareceu durante o ensino médio. Carnahyba
conta que a convivência com pessoas em situação de vulnerabilidade despertou nele a inspiração em cooperar, buscando o alívio dessas pessoas.
O antes e o agora
Indagado quanto à situação do farmacêutico atualmente, se comparado com aquele que atuava quando iniciou na profissão, Carnahyba afirma que hoje os atendimentos e orientações de qualidade são situações um pouco secundárias na maior parte dos estabelecimentos de saúde.
Anteriormente, conforme ele, a visão da drogaria era muito fechada. “Cumpria-se horário. Simplesmente. Hoje, temos uma missão mais globalizada e pensamento em equipe, analisando e orientando o cliente”, pondera.
Conquistas
Segundo o profissional, alguns pontos são positivos. Ele faz menção à obrigatoriedade da presença em atendimento, o que resulta em maior qualidade; busca por resultados farmacológicos eficientes; a grande variedade de medicamentos, que aumentou; o sucesso nos mais variados tratamentos; e o fato dos farmacêuticos e funcionários, hoje, atuarem muito mais como equipe, focados no objetivo de atender e orientar melhor o paciente.
Principal perda
Carnahyba afirma que a principal foi a transformação de muitas farmácias de estabelecimento de saúde em ponto meramente comercial, o que culminou com a desvalorização do profissional
Desafios
Para ele, o maior desafio é cumprir todas as exigências junto ao setor comercial e sobreviver diante da concorrência predatória existente no setor farmacêutico e cumprimento da legislação vigente.
Cotidiano
O farmacêutico pondera que o âmbito de atuação é bem vasto. “Na área que atuo, junto ao comércio varejista, temos como objetivo diário orientar e supervisionar focando os melhores resultados nos tratamentos determinados. Manter e dispensar os medicamentos receitados e indicados nas condições específicas a cada paciente”, relata.
Dificuldades
Algumas delas, segundo Carnahyba, partem desde a correta interpretação das prescrições, até a orientação na necessidade do cumprimento destas, vencendo as barreiras financeiras. “Como todo estabelecimento, existe a necessidade de sobrevivência e, com a concorrência no ramo varejista e clientes que buscam somente custos, em muitos casos, torna-se um desafio a busca da eficácia farmacológica e saúde financeira.”
Projeção para o futuro
Em pouco tempo, conforme o profissional, haverá mais profissionais voltados à área do atendimento social, numa tentativa de aproximar o paciente, focando a atenção e atendimento básico e fundamental.
Dicas
O farmacêutico diz que é fundamental o paciente se conscientizar que deve levar a sério a correta administração dos medicamentos. “Procurar o profissional adequado para sanar as dúvidas e complementar a orientação farmacêutica”, aconselha.
Momentos marcantes
Segundo Carnahyba, foram muitas as situações vividas. Muitas tristes e outras alegres. Para ele, o segredo é agradecer a cada momento em que ocorrem novos desafios e realidades a serem enfrentadas. “Agradecer diariamente por todas as conquistas realizadas. Importante sempre procurar trabalhar em equipe, objetivando fazer dia a dia a melhor orientação e atendimento para obter sucesso.”
Ser farmacêutico
“É procurar ser a âncora de segurança ao cliente, eficácia e sucesso do estabelecimento”, resume.
Dia do Farmacêutico.
Há motivos para comemorar?
Em sua concepção, as conquistas foram marcantes. “Mesmo com a situação sendo desafiadora para nós, brasileiros, temos sempre que focar na atenção, no crescimento, na eficiência e na proximidade junto a toda sociedade. Sendo, muitas vezes, a primeira forma de atenção à saúde. Temos que ser mais humanos, conscientes e justos perante o semelhante”, finaliza.