O corpo de Luciano Roberto de Souza, de 40 anos, foi sepultado na tarde dessa terça-feira (15), no Cemitério Parque das Palmeiras, em Rio Claro.
O montador de sofá morreu após ser atingido por um veículo desgovernado. O acidente foi registrado na noite de segunda-feira (14), por volta das 21h30, na Avenida 82 do bairro Santa Maria, quando o carro desceu a via em alta velocidade e atropelou duas pessoas que estavam conversando na calçada. As vítimas eram marido e mulher, tentaram correr, mas não conseguiram. Uma testemunha, que preferiu não se identificar, relatou o fato.
“Estávamos eu, a mulher dele e ele, e nós escutamos o barulho do carro vindo lá de cima. Ela foi ver, aí eu disse: corre, corre! Ele a protegeu, eu corri para baixo, mas na hora que eu olhei para trás, já estava tudo em cima dos dois”, disse a testemunha. Luciano Roberto de Souza ficou embaixo dos escombros do muro derrubado e morreu no local. A esposa dele, Ana Maria de Souza, de 45 anos, foi socorrida e até o fechamento desta edição a informação é de que o estado de saúde era estável.
Na casa estavam ainda duas crianças, uma menina de 11 anos e um bebê de apenas um ano e sete meses, que por sorte não foram atingidas. “Eu estava em casa, no Bonsucesso, e me ligaram. Cheguei aqui, tentaram esconder de mim a morte do meu cunhado, até que ouvi: dá licença, vamos tirar o corpo. Entrei em choque”, disse o cunhado da vítima, Daniel, ao Diário do Rio Claro.
Os moradores lamentaram a perda da vítima e disseram que Luciano era tranquilo. “Eles ficavam sempre aqui. Quando dava 10 da noite, entravam. As crianças também ficavam com eles, mas tinham acabado de entrar”, contou o cuidador Denilson Apolônio, vizinho do local.
O carro, um Fiat Uno, era ocupado por três homens que conseguiram desenroscá-lo dos pedaços de tijolos e fugiram, mas ao virarem a esquina da avenida, abandonaram o veículo, que foi incendiado por populares, e fugiram a pé. “Nós estávamos tentando tirar os tijolos de cima das vítimas e os três indivíduos que estavam no carro empurraram o veículo e fugiram. “Foi um livramento de Deus, porque eu ia correr para dentro junto com eles e corri para baixo”, disse um vizinho.
