A arbitragem em jogos de futebol no Brasil sempre se viu às voltas com polêmicas e, inclusive, com suspeitas de favorecimento para esse ou aquele time e erros crassos que determinaram resultados de algumas partidas lembradas até hoje pelos torcedores mais apaixonados.
Em 1971, o consagrado árbitro Armando Marques de Mesquita, anulou um gol legítimo de cabeça de Leivinha, do Palmeiras, contra o São Paulo, na final do Campeonato Paulista, alegando que o camisa 8 alviverde havia feito o gol com a mão. A validade do gol foi confirmada anos depois pelo então bandeirinha do jogo Dulcídio Vanderlei Boschilia. Outra lambança histórica de Armando Marques foi ter errado na contagem na disputa de pênaltis entre São Paulo x Portuguesa, na final do Paulistão de 1973, o que resultou na divisão do título entre as equipes.

No ano de 1983, a partida entre Santos x Palmeiras, no Morumbi, caminhava para o seu final, com vitória do Santos, por 2×1, pelo Campeonato Paulista, quando, um chute despretensioso do atacante Jorginho, do Palmeiras, que sairia pela linha de fundo, foi desviado para o fundo da meta do goleiro santista Marola, pelo árbitro José Assis de Aragão, mal posicionado no lance, decretando o empate de 2×2 para a fúria dos santistas.

Em 1981, talvez a maior vergonha da arbitragem brasileira, quando o árbitro carioca José Roberto Wright expulsa 5 jogadores do Atlético Mineiro no jogo contra o Flamengo-RJ, no Serra Dourada, em Goiânia, pela semifinal da Copa Libertadores, daquele ano.
Na década de 90, ficou famoso o pênalti inexistente marcado pelo árbitro argentino Castrili, contra a Portuguesa de Desportos, favorecendo o Corinthians, em jogo decisivo do Paulistão, decretando a derrota da Lusa naquela oportunidade.

Ao longo do tempo, a arbitragem do futebol brasileiro nunca agradou a todos, gerando muita polêmica e discussão. Nem mesmo com o advento do VAR (árbitro de vídeo) houve solução para esse problema, porque ele tem origem na má formação dos árbitros em geral.

Por Geraldo Costa Jr.