Conforme divulgado recentemente pela Agência Brasil, de acordo com pesquisa, os estados onde há maior incidência de raios por quilômetro quadrado são Tocantins (17,1), Amazonas (15,8), Acre (15,8), Maranhão (13,3), Pará (12,4), Rondônia (11,4), Mato Grosso (11,1), Roraima (7,9), Piauí (7,7) e São Paulo (5,2).
A cidade de São Paulo está entre as cinco capitais com maior densidade de raios por quilômetro quadrado (13,26), atrás de Rio Branco (30,13), Palmas (19,21), Manaus (18,93), São Luiz (15,12) e Belém (14,47).
Entre as cidades com mais de 650 mil habitantes, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo e Guarulhos, todas na região metropolitana de São Paulo, apresentam valores de densidade acima de 10, como consequência da urbanização. De acordo com o levantamento do Elat, a principal circunstância na qual ocorrem mortes por raio no país é durante as atividades rurais (25%).
E foi justamente assim que mãe e filha perderam a vida na última terça-feira (8) na cidade de Registro, no interior de São Paulo. Lucileia Barbosa da Silva, de 40 anos, e a filha Thais Mayme Oyama, de 11 anos, foram atingidas por raio no momento que colhiam frutas no sítio da família. As outras principais incidências com morte ocorrem com pessoas que estão dentro de casa (18%), próximas a veículos (10%), embaixo de árvores (8%), jogando futebol (7%), embaixo de coberturas (5%) e na praia (4%).
DEFESA CIVIL
A Defesa Civil, no comando do diretor Wagner Araújo, por meio do gerente Niuro Luiz Ribeiro, explicou que o verão no Brasil é caracterizado por tempestades de curta duração, acompanhadas de raios e trovoadas. “Os raios são partículas negativas das nuvens que se deslocam em alta velocidade até o solo, onde há partículas positivas.
Nesse deslocamento, há o aquecimento do ar, que gera um clarão, que é o raio. Com o deslocamento dessa energia em alta velocidade, também há o surgimento do barulho, que é o trovão que, na realidade, é a onda sonora que o aquecimento do ar provoca”, salientou Niuro.
A Defesa Civil de Rio Claro alerta
– Em dias de tempestades, as pessoas não devem sair de casa e, quando estiverem na rua, têm que buscar abrigo seguro (que são locais cobertos. Exemplos: lojas, postos de gasolina, shoppings, etc.);
– Não é recomendado as pessoas permanecerem debaixo de árvores ou em ambientes descampados, como campos de futebol, pastagens, plantações, pois nos tornamos o ponto mais alto em relação ao solo;
– Também não recomendamos a permanência em piscinas, lagos, mares, visto que a água é condutora de energia;
– Recomenda-se a não falar em telefones. Os aparelhos fixos podem conduzir a energia através dos fios e em celulares podem ocorrer estáticas;
– As pessoas não devem ficar paradas do lado de fora de carros devido ao risco de choque por raio ou estática; dentro do veículo, não deve tocar as partes metálicas e deve-se manter os vidros ligeiramente abertos para circulação do ar;
– Deve-se retirar das tomadas os aparelhos eletrônicos. Em caso de variação de energia ou raio, evita-se queimar os aparelhos eletrônicos ou provocar princípio de incêndio. Só devem permanecer ligados os aparelhos necessários.
Apesar da curta duração, chuva atinge volume significativo
Na tarde dessa sexta-feira (11), em poucos minutos choveu 23,3 milímetros em Rio Claro, considerada pela Defesa Civil uma boa quantidade pelo tempo que durou. Em alguns pontos de Rio Claro, como no Centro, foi registrada a queda de pequenos granizos.
O departamento informou não ter registrado nenhum chamado durante a tarde. As equipes percorrem constantemente os pontos de alagamento do município e alertam as pessoas para evitarem as áreas de risco. Para o fim de semana, segundo a Defesa Civil, a probabilidade é de chuva, sempre no fim de tarde.