O avanço da dengue foi tema muito discutido na sessão ordinária da Câmara Municipal de Rio Claro nesta segunda-feira (17). Vereadores cobraram mais agilidade nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e antecipação da montagem da tenda para atender os pacientes acometidos pela doença, como foi feito no ano passado.
“Pedimos providências para já montar a tenda agora, antes de piorar, porque a epidemia da dengue chegou em Rio Claro e já estamos perdendo vidas”, disse o vereador Adriano La Torre (PP) ressaltando a necessidade de unir esforços para resolver o problema. Também conclamou os parlamentares a buscarem recursos via emendas para colaborar com as ações.
O vereador Emilio Cerri (Podemos) sugeriu que o prédio do hospital público municipal seja utilizado para agilizar os trâmites. Cerri também relatou a situação de monumento da praça do bairro Copacabana que está com sistema de escoamento de água entupido. Com isso, está com água parada com risco de se tornar um criadouro do mosquito. “Ou a prefeitura toma conta e arruma, ou tem que aterrar com urgência”, frisou lembrando que o poder público tem que fazer a sua parte para poder exigir da população.
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“Se viu que está com água e não vai resolver, tapa logo, não adianta ficar enrolando porque a dengue não espera. Se os casos estão aumentando já monta a tenda para não acontecer o que aconteceu no passado, aquele desespero de correr atrás do prejuízo. Tem que tomar atitude mais rápida”, comentou Hernani Leonhardt (MDB)
Para Serginho Carnevale (PSD), o poder público tem a janela da oportunidade e não pode deixá-la passar. Sua fala faz referência ao decreto municipal que estabeleceu situação de emergência no município devido ao avanço da dengue. Uma das medidas é a autorização de entrada forçada dos agentes de saúde nos imóveis públicos e particulares, habitados ou não, para combater a dengue.
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“A janela de oportunidade está aqui, pois a Secretaria de Saúde sabe que os casos de dengue sempre ocorrem nos mesmos bairros. A janela de oportunidade está aqui para que as secretarias de Saúde, Segurança, Serviços Públicos e outros órgãos ligados ao tema façam essa gestão”, afirmou Serginho.
Segundo ele, a prefeitura tem mapeamento dos bairros de maior incidência da dengue, inclusive dos imóveis abandonados. “Os espaços públicos têm que ser cuidados, mas infelizmente 75% dos criadouros estão dentro das casas, e muitas delas abandonadas. A prefeitura tem que fazer o que está preconizado no decreto”, concluiu.
Atualmente, Rio Claro tem 437 casos confirmados de dengue e um óbito, conforme consta do último boletim divulgado pela Vigilância Epidemiológica na sexta-feira (14). No ano passado, a cidade registrou mais de 10,5 mil casos da doença e 25 mortes.
Por Ednéia Silva