A Polícia Federal de Campinas, em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cumpriu nesta quinta-feira (30) mandados de busca e apreensão em Rio Claro como parte da Operação Arca de Noé II, que investiga o comércio ilegal de animais silvestres pela internet.
A ação teve como alvo endereços suspeitos de envolvimento na venda clandestina de espécies nativas e exóticas sem autorização. Durante as buscas em diversas cidades, incluindo Rio Claro, foram resgatados dezenas de animais, como cobras, lagartos e centenas de baratas exóticas, evidenciando a extensão do tráfico de fauna no país.
As investigações começaram em abril de 2024, quando um homem de 34 anos foi preso por manter ilegalmente 90 animais em cativeiro, entre eles cobras, aranhas, lagartos e tartarugas. A prisão ocorreu durante a primeira fase da operação, que revelou uma rede de comércio clandestino de animais pela internet. Agora, a nova fase da investigação busca identificar outros envolvidos no esquema.
A comercialização de animais silvestres sem autorização representa uma grave ameaça à biodiversidade e ao equilíbrio ambiental. Muitas dessas espécies são retiradas ilegalmente de seus habitats, o que pode levar à extinção de algumas delas e ao desequilíbrio de ecossistemas inteiros. Além disso, manter animais exóticos em cativeiro sem os devidos cuidados pode representar riscos à saúde pública, já que algumas dessas espécies podem transmitir doenças.
Até o momento, ninguém foi preso, mas uma pessoa foi levada à delegacia para prestar esclarecimentos. Os investigados poderão responder por crimes ambientais, cujas penas variam de multas a reclusão, dependendo da gravidade da infração.
A Polícia Federal e o Ibama reforçam que a população pode denunciar anonimamente o comércio ilegal de animais por meio dos canais oficiais, ajudando a coibir essa prática criminosa. Em Rio Claro, as fiscalizações continuarão para identificar e responsabilizar os envolvidos nesse esquema que ameaça a fauna brasileira.
Foto: Polícia