Que, como naquele poema do Edson Marques imortalizado na interpretação de Antônio Abujamra no inesquecível e insuperável ‘Provocações’, você mude, mas comece devagar, porque a direção sempre será mais importante que a velocidade.
Que sente em outra cadeira, no outro lado da mesa e, mais tarde, mude de mesa. Que quando sair, procure andar pelo outro lado da rua e, depois, caminhe por outras ruas. Que assista a outros programas de tevê e compre outros jornais, leia outros autores, viva outros romances! Que você não faça do hábito um estilo de vida e que ame a novidade e não esqueça, a vida é uma só! Arrume um emprego, experimente coisas novas, assim você conhecerá coisas melhores e piores, pois apenas o que está morto não muda!
Que, como naquela canção de Mick Jagger e Keith Richards, você saiba que ‘you can’t always get what you want’, porém, caso tente algumas vezes talvez, descubra que consegue ter aquilo precisa. Que você contrarie o estamento esquerdista que, desde maio de 1968, repete a babaquice [Aff… (!)] de que “as estruturas não descem às ruas” e desça a manifestação! Que sofra sua cota diária de agressão e, ao fim do dia, cante com Mr. Jimmy para desafogar as frustrações.
Que pegue carona com a música de Busbee e Ben West, gravada pela cantora americana Pink, e pergunte o que está fazendo com relação aquilo tudo que era mentira e, esteja certo, havendo chama alguém certamente sofrerá queimaduras, contudo, porque queima não significa que vai morrer e, justamente por isso, ‘You gotta get up and try, and try, and try’. Mais do que isso é preciso que queira, como nos versos do Raul, sendo sincero e desejando profundo e, aí sim, meu caro!, você será capaz de sacudir o Mundo!
Que, como naquele trecho dos Textos Filosóficos escrito por Fernando Pessoa, você não esqueça que o comunismo não tem uma ideologia, ao contrário, por exemplo, do catolicismo que tem um sistema dogmático perfeitamente definido e compreensível, quer teologicamente, quer sociologicamente. Que você saiba que o comunismo não é um sistema: é um dogmatismo sem sistema e que, caso todo lixo moral e mental dos cérebros pudesse ser reunido para formar uma figura maléfica, essa figura seria o comunismo!
Com a ideia quase que literal descrita por Pessoa, peço licença ao poeta para continuar informando você que o comunismo não é uma doutrina porque é uma contradoutrina! Tudo que o Homem conquistou de espiritualidade moral e mental, ou seja, de civilização e de cultura tem sido invertido para formar a doutrina que o comunismo não tem!
Que, sobretudo, você nunca esqueça o ensinamento da Filósofa Maior do Objetivismo, Ayn Rand, que diz que a menor minoria na Terra é o indivíduo e que, portanto, aqueles que negam os direitos individuais não podem ser defensores das minorias! Tomo a liberdade de afirmar que todo coletivismo é ingênuo, equivocado ou, o mais comum, mal intencionado!
Que você não tenha que obter a autorização para produzir de quem não produz nada; que não tenha de assistir novamente o dinheiro fluindo para as mãos daqueles que negociam não com bens, mas com favores; que veja a prosperidade do País não pelo suborno, tampouco pela influência e sim pelo trabalho; que você não compactue com a corrupção em detrimento a honestidade!
Enfim, que em 2019 você tenha um excelente ano com muita prosperidade! Que o porvir venha como a maioria dos brasileiros deseja, com o início da construção de um Brasil melhor no qual todos tenham oportunidades para alavancar o crescimento socioeconômico, pois, somente assim, a Nação terá o respeito que merece e, quiçá, voltará às Cebolas do Egito. Que o passado fique no passado e que você não tenha mais tempos difíceis como os últimos 16 anos que, Oxalá!, termina no próximo dia 31.
Que você permaneça longe da repressão sinestrômana e da ditadura do politicamente correto implantada pela manada de caga-regras e analfabetos funcionais liderada pelo Condenado de Curitiba. É verdade, a minha pena escreve de acordo com as cores dos meus afetos, porém, ainda assim, desejo a todos [aos de cá e aos de lá!] um Feliz Ano Novo com um copo d’água e um girassol! Até semana que vem!
O autor é Mestre em Divulgação Científica e Cultural pelo Laboratório de Jornalismo (Labjor) da Unicamp.