Esta é a maior festa cristã.
Festeja o nascimento de um menino judeu, mas não no dia em que ele nasceu: a data foi fixada, para atrair novos fieis, no dia de uma festa pagã, do Deus Sol.
Comemos panetone de origem italiana e esperamos a chegada de um monge turco, São Nicolau, que traz presentes num trenó do tipo usado no Norte da Europa, mas voador, e puxado por renas. São Nicolau é chamado pelo nome alemão de Santa Klaus (ou Pai Natal, em Portugal, ou Papai Noel, no Brasil). Cantamos música cristã: White Christmas, composta por um judeu russo, Irving Berlin, Noite Feliz, austríaca, de Franz Gruber, e Jingle Bells, americana, de James Pierpoint, originalmente composta para o Dia de Ação de Graças.
Quando nasceu, dizem os Evangelhos. Jesus foi visitado pelos magos – não se sabe quantos, nem quais seus nomes, nem de onde vieram. Como lhe deram três presentes, imagina-se que sejam três. Foram chamados de reis uns 300 anos mais tarde; e 800 anos após o nascimento, São Beda lhes deu nomes e outras características.
Belquior, 70 anos, saíra de Ur, hoje no Iraque; Gaspar, de seus 20 anos, vinha das montanhas perto do Mar Caspio; Baltazar, 40 anos, vivia no que hoje é a Arábia Saudita. Diz a tradição que os três foram sepultados na Itália; e há mil anos levados para a Catedral de Colônia, na Alemanha, onde há túmulos com seus nomes.
O Natal, a grande festa cristã, é de todos nós. Festejemos. Feliz Natal!
Não precisa exagerar
A Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, seguiu o bom hábito de tantas empresas e fez uma festa de fim de ano. Mas convidou 800 pessoas e gastou R$ 182 mil. Espero que o caro leitor aprecie a notícia, pois foi quem pagou: o dinheiro saiu da Taxa de Fiscalização, cobrada na conta de luz.
Crise armada
O Senado americano, de maioria oposicionista, tende a rejeitar a verba para construir o muro na fronteira com o México – US$ 5,7 bilhões. Trump já disse que, se a verba não constar no Orçamento, ele não o assinará. Sem orçamento, o Governo para: em países organizados, se não há orçamento não há condições de fazer despesas. É o “shutdown”. Houve um em 2013. O país se recupera, mas dá um trabalhão botar as contas no lugar.
Mais empregos
O futuro secretário da Receita, Marcos Cintra, promete uma medida que leve à criação imediata de novos empregos: desoneração total das folhas de pagamento, eliminando os valores hoje recolhidos para o Incra, educação e Sistema S (Senai e congêneres) e mudando a base de contribuição para o INSS. É bom – mas como vai ser feito? Isso Marcos Cintra não contou.
Bons nomes
Armínio Fraga e Paulo Tafner integrarão a equipe do ministro Paulo Guedes que cuidará da reforma da Previdência, informa o bom blog de Valdo Cruz. É importante: se os contribuintes hoje pagam os aposentados e existe déficit, como resolver o problema se os contribuintes passarem a cuidar de suas próprias aposentadorias? Sem resolver a aritmética, não há nenhuma possibilidade de reforma viável da Previdência.
Goiás trabalhando
O novo presidente da Apex, Associação de Promoção das Exportações, Alecxandro Carreiro, só toma posse no ano que vem. A bancada federal goiana recém-eleita também espera sua hora. Mas já trabalham juntos: em reunião na Câmara, coordenada pelo novo deputado federal Major Vitor Hugo, discutiram o aumento das exportações de produtos goianos com as entidades representativas dos diversos setores da produção. Na opinião do coordenador, é bom aproximar a bancada dos representantes de áreas produtivas. O Major Vitor Hugo é amigo de Bolsonaro há mais de 30 anos.
Bahia tropeçando
Durante a campanha, o governador Rui Costa garantiu que a situação financeira da Bahia estava bem resolvida. Reelegeu-se. Agora se sabe que a Bahia não tem recursos nem para por em dia as contas da saúde. Clínicas e hospitais que atendiam servidores públicos limitaram o serviço que prestam aos segurados, com a alegação de que os pagamentos do Governo baiano estão atrasados. Há revolta no funcionalismo – mas que fazer depois de, com seu voto, ter contribuído para a ampla vitória do petista Rui Costa?
Virtude no meio
São três partidos, com 70 deputados federais: PDT, PCdoB e PSB. Falta pouquinho para que se forme um bloco de oposição a Bolsonaro dentro da civilidade – por isso, o PT foi afastado das articulações. “Nosso caminho mostra que podemos fazer oposição sem do contra pelo único motivo de ser do contra”, disse o deputado federal André Figueiredo, do PDT cearense. O PDT decidiu esquecer as alianças com o PT depois de assistir à luta petista para bloquear a candidatura de Ciro Gomes à Presidência.
Por Carlos Brickmann
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