Em tempos de racionamento de água devido à crise hídrica que atinge Rio Claro, nada melhor do que falar em sustentabilidade para preservar outros recursos naturais, além da água. A energia solar é uma tendência mundial, uma fonte de energia renovável e limpa que pode ajudar a preservar recursos naturais e o meio ambiente. Além disso, ela traz outros benefícios, pois não polui, não agride o meio ambiente e ajuda a preservar os recursos hídricos, uma necessidade cada vez mais premente.
Esse foi um dos temas discutidos no programa Diário MA TV desta quinta-feira (17). Maria Angela Tavares de Lima e Renata Fonseca conversaram com Eduardo Milani, sócio-proprietário da KBT Segurança & Energia, que trabalha com energia solar há quatro anos.
De acordo com ele, essa é uma tendência mundial sem volta, apesar de ainda não ser muito popular no Brasil, que é um país tropical muito rico na matéria-prima utilizado na produção dessa fonte de energia: o sol. “Alemanha e Espanha, por exemplo, são bem mais adiantados que o Brasil e com muito menos incidência de sol. Nosso pior local geraria muito mais energia solar do que a Alemanha que é o país que mais tem placa solar”, comenta Milani.
Conforme o empresário, tal fato se deve à falta de conscientização aliada ao custo do serviço que, segundo ele, diminuiu bastante nos últimos anos e hoje a instalação de placas solares está mais acessível. E qualquer pessoa pode instalar as placas em residências, comércios e indústrias. Segundo Milani, os projetos são desenvolvimentos com base no valor da conta de energia.
“Conta a partir de R$ 400 é mais viável, mas quem consome menos também pode instalar”, afirma o empresário ressaltando que o retorno financeiro ocorre cerca de 2 a 2,5 anos após a instalação. Aliás, os equipamentos são desmontáveis e podem ser instalados em imóveis de aluguel para retirada posterior em caso de necessidade.
Além disso, o consumidor pode usar o mesmo equipamento para abater na conta de mais de uma unidade consumidora, desde que os prédios estejam registrados no mesmo CPF e na mesma concessionária. Ou seja, a pessoa pode instalar as placas em sua casa e incluir comércio e outros estabelecimentos no abatimento. Os projetos são elaborados com base no consumo elétrico atual e projeção de gastos futuros. Uma possibilidade para aproveitar espaço é utilizar as placas solares como “telhas” para coberturas de prédios.
Com relação ao pagamento, Milani informa que atualmente alguns bancos já oferecem linhas de créditos específicas para o serviço, e as empresas que produzem as placas solares têm sistemas próprios de financiamento. Quem quiser saber um pouco mais pode procurar a KBT Segurança & Energia pelo telefone (19) 3557-4369 e também pelas redes sociais: @ kbt.seguranca.e.energia.
A entrevista de Eduardo Milani ao programa Diário MA TV, na íntegra, pode ser conferida pelo link https://www.youtube.com/watch?v=jnTHffOuqYU.
Produção nacional
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil fechou 2023 com o sexto maior produtor mundial de energia solar, avançando duas posições em relação a 2022 quando foi o oitavo. O ranking tem como base relatório Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena).
A energia solar é a segunda maior fonte de energia do Brasil, representando 19,5% da matriz elétrica do país, ficando atrás apenas da hídrica. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) registrou em setembro uma ampliação de 711,33 megawatts (MW) na capacidade instalada de geração de energia elétrica no país.
Com isso, houve crescimento de 7,8 gigawatts (GW) na matriz elétrica brasileira ao longo de 2024. O estado de São Paulo lidera o ranking de produção de energia solar no Brasil, com 3,51 gigawatts (GW) de potência instalada, um crescimento de 50% de 2022 para 2023.
Por Ednéia Silva / Foto: Diario