Os funcionários terceirizados que fazem a limpeza do Fórum de Rio Claro entraram novamente em greve nesta segunda-feira (14) devido à falta de pagamento de salários e benefícios. Os trabalhadores não receberam os valores de setembro, que deveriam ter sido pagos no quinto dia útil do mês. A paralisação é de 100% e por tempo indeterminado.
Essa é a segunda paralisação realizada pelos profissionais. No mês passado, eles também cruzaram os braços e só retomaram atividades após o pagamento dos salários de agosto efetuado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), que assumiu a dívida das empresas terceirizadas.
Em agosto, quatro empresas terceirizadas (duas de vigilância e duas de limpeza) que prestam serviços ao TJSP deixaram de pagar os salários e benefícios de seus 1.190 funcionários, afetando a prestação de serviços em 123 comarcas do estado de São Paulo, incluindo Rio Claro cuja equipe de limpeza conta com 25 trabalhadores.
A greve em Rio Claro começou parcial no dia 16 de agosto, depois passou para total no dia 23. Após o pagamento de salários pelo TJSP, a equipe terceirizada de limpeza voltou ao trabalho no último dia 3, ou seja, há 12 dias. No entanto, como não receberam os salários de agosto, os terceirizados entraram novamente em greve nesta segunda-feira (14). A paralisação em Rio Claro afeta as duas unidades do Poder Judiciário, tanto o Fórum da Avenida 5, Centro, quando o prédio localizado na Cidade Judiciária no bairro Vila Nova.
Em nota, o TJSP informou que “fez o pagamento direto dos salários de agosto aos empregados que ainda não tinham recebido das empresas Lógica e Açoforte (na área de segurança) e Prime Facilities e LTZ (na área de Limpeza), providência essa permitida pela lei de licitações”.
De acordo com o tribunal, “o trâmite para o pagamento dos salários referentes ao mês de setembro e dos benefícios está em andamento com prioridade”. Questionado sobre como está o procedimento para contratação de novas empresas para assumir os serviços, o TJSP disse “que está em andamento procedimento para contratação emergencial desses serviços, que deve ser finalizado no final do mês”.
O Siemaco (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação e Trabalhadores na Limpeza Urbana e Áreas Verdes de Piracicaba e Região) foi procurado pela reportagem, via e-mail e WhatsApp, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Por Ednéia Silva / Foto: Ednéia Silva