Paixão não se explica apenas se aproveita. Paixão também não se pode perder, com o risco de levar junto uns bons momentos da vida.
Tenho, dede que me conheço por gente, uma verdadeira paixão por automobilismo a qual posso aproveitar quase no seu grau máximo. É que pra atingir esse topo precisaria ter me tornado um Piloto Profissional de F1, um detalhe que o tempo já não me permite.
Algumas vezes por ano me vejo ao lado de outros apaixonados pelo esporte, os que comigo sempre sonharam e sonham e os que chegaram lá e fazem parte de um grupo especial (com algumas exceções) de Pilotos de F1.
Dez vezes por ano disputamos espaços nos Grande Prêmios do calendário e é essa viagem espetacular que quero dividir com vocês aqui no “Acelera Tici” nas páginas do Diário do Rio Claro.
Sou advogado e empresário em tempo integral o que me permite estar com vocês, aqui, sempre às vésperas dos GPs, comentando um pouco o que aconteceu no GP passado e jogando uma luz sobre o GP que vai acontecer.
Estreia com o pé direito
Não poderia começar essa coluna em um momento melhor, comentando a vitória da Ferrari no GP da Itália de 2024 em Monza que se traduz em uma palavra só: inesquecível! E eu estava lá, vi tudo ao vivo, monocromático, vermelho! Quem ama a Ferrari, como eu, nunca mais vai esquecer, quem não torce pela Ferrari, da próxima vez, vai se lembrar de torcer!
Foi a primeira vitória da Ferrari em Monza desde 2019, onde o mesmo Charles Leclerc, porém, teve vida muito mais fácil.
Desta vez teve que carregar o vermelho tradicional da sua Ferrari, do seu número 16 (vermelho também é só olhar a roleta) e que tomou conta das arquibancadas. Fez isso com frieza, estratégia e um pouco de sorte, acabando com a tentativa da invasão laranja (da McLaren) de substituir a onda laranja (do Verstappen).
Como em 1988 a McLaren errou de novo ao não dar preferência ao Lando Norris (como na ocasião não havia privilegiado o nosso Ayrton).e acabou ocupando os dois degraus mais baixos do pódio.
A esperança renovada
A Ferrari mostrou que tem o que é preciso para vencer, e Leclerc provou ser um verdadeiro campeão. Para mim, estar lá e testemunhar esse espetáculo de perto e ao vivo foram experiências que vou guardar para sempre. Monza, com sua história, tradição e paixão que toma conta do final de semana, mais uma vez entregou uma corrida épica. Continuamos sonhando com pódios Vermelhos.
E este final de semana, hein?
Chegou a vez da capital do Azerbaijão, Baku (que se pronuncia Batchê, assim mesmo tipo gaúcho!) com uma reta de 2200 metros, curvas de 90 graus, zigzag no meio de castelos antigos, tudo à beira do Mar Cáspio e pela primeira vez disputado no calor desse restinho de verão do Hemisfério Norte!
A turma de Laranja original, a McLaren, vem de novo ser protagonista? O Verstappen, Laranja de plantão até então vai se recuperar do baque? E a Mercedes vai fazer brilhar o Prata? Minhas fichas vão para a McLaren com dobradinha Norris em 1º e Piastri em 2º!! Vamos ficar de olho!
Lembrando que o Circuito de Baku já teve GPs memoráveis além de ter sido (no final do século 19) o lugar que fornecia 50% do petróleo para o mundo! Isso mesmo, graças aos irmãos Nobel que com a sua (deles) companhia petrolífera Branobel, inventaram até o primeiro petroleiro (o Zoroastro) e eram os maiores do Mundo. Um dos irmãos, Alfred, aproveitou a sua parte dos lucros e instituiu o Prêmio Nobel que existe desde 1901!
Mas são histórias que ficam para contar outra hora. Agora é olho na TV e coração nos cockpits. Até a próxima véspera de GP aqui no Diário do Rio Claro.
Por Ticiano Figueiredo / Foto: Divulgação