Multiletramento: um relato do processo criativo explorando um conto africano durante processo de alfabetização
Uma iniciativa educacional inovadora está ganhando destaque por integrar o uso da inteligência artificial (IA) com a introdução de literatura africana no processo de alfabetização de alunos do primeiro ano. Sob a orientação do professor, os estudantes do 1º ano D embarcaram em uma jornada de aprendizado que combina tecnologia emergente, consciência cultural e multiletramentos.
O ponto de partida foi a leitura do conto africano “O macaco, a cobra e o leão” de George W. Bateman, que proporcionou aos alunos uma imersão no universo da narrativa folclórica africana. A partir dessa experiência, os alunos foram desafiados a recontar a história à sua maneira, incentivando não apenas o desenvolvimento de habilidades de escrita, mas também estimulando sua criatividade e familiaridade com diferentes formas de linguagem.
O diferencial dessa abordagem foi a introdução da inteligência artificial no processo de aprendizagem. Utilizando o ChatGPT 3.5, os textos produzidos pelos alunos foram reescritos, preservando a essência narrativa, mas com uma roupagem renovada. Em seguida, os registros manuscritos foram digitalizados pelos próprios alunos e submetidos ao LEONARDO AI, que trouxe à tona imagens correspondentes à nova versão da história.
Essas imagens não apenas complementaram o texto reescrito, mas também serviram como inspiração para os alunos expressarem sua criatividade por meio do desenho. Assim, além de desenvolverem habilidades de escrita e leitura, os estudantes puderam explorar diferentes formas de expressão artística, enriquecendo ainda mais sua experiência de aprendizado e promovendo o multiletramento.
O professor responsável pelo projeto destaca a importância de oferecer aos alunos experiências educacionais interdisciplinares, tecnologicamente atualizadas e multiletradas. “Nossa intenção é preparar os alunos não apenas para o domínio das habilidades básicas de leitura e escrita, mas também para lidar com as tecnologias emergentes e para desenvolver uma consciência cultural mais ampla e inclusiva, promovendo o multiletramento em todas as suas dimensões”, afirma o professor que é criador do Método Camões e da Rede Camões de jornais escolares.
Essa iniciativa exemplifica o compromisso com uma educação inovadora e inclusiva, que busca proporcionar aos alunos experiências enriquecedoras e prepará-los para os desafios do mundo contemporâneo. Ao integrar inteligência artificial, literatura africana e multiletramento no processo de alfabetização, a escola abre novos horizontes para seus estudantes, promovendo o desenvolvimento integral e preparando-os para um futuro cada vez mais diversificado, tecnológico e multilíngue.
Texto escrito pelo fundador da Rede Camões, Antonio Archangelo e escolhido para publicação sob curadoria de Rafael Cristofoletti Girro, aluno da Escola Estadual Marciano de Toledo Piza, de Giovanna Silva Ribeiro e de Gabriela Dotta Misson, alunas da Escola Estadual Raul Fernandes Chanceller, todos pertencente à Rede Camões de jornais escolares. E tem caráter pedagógico.
Foto: Divulgacao