PF deflagra 2ª fase de operação contra financiamento do terrorismo
Nove meses após prender dois suspeitos de participar da organização de supostos atos terroristas no Brasil, a Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (8), a segunda fase da Operação Trapiche, que apura indícios de financiamento do terrorismo no país. Desde as primeiras horas do dia, agentes federais estão cumprindo um mandado judicial de prisão preventiva e oito de busca e apreensão nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Uberlândia e Contagem, e também em Brasília (DF) e São Paulo (SP). A Justiça Federal também determinou o sequestro de valores e bloqueios de contas bancárias, além da imediata suspensão da atividade de empresas-alvos da investigação. Em nota, a PF informou que os investigadores já reuniram provas de que o principal investigado, cujo nome não foi divulgado, se aproveitava da vulnerabilidade de imigrantes e refugiados para abrir contas bancárias e empresas no nome destas pessoas, que não tinham conhecimento de que, de acordo com a PF, o esquema era usado para movimentar dinheiro destinado a atividades ilícitas. “As evidências indicam que passagens aéreas utilizadas pelos brasileiros recrutados para viajarem ao exterior, onde foram entrevistados a fim de serem selecionados pela organização terrorista, foram financiadas com proventos do comércio ilícito de cigarros eletrônicos contrabandeados e vendidos em lojas de tabacarias no Brasil”, sustenta a PF. Ainda de acordo com a instituição, o apoio financeiro ao terrorismo sustentava-se em um “bilionário esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro”, descoberto a partir de outra operação, deflagrada em setembro de 2022, para combater a lavagem de dinheiro e um “intrincado” sistema de remessas de recursos ilícitos ao exterior, por intermédio da compra e venda de criptoativos. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de contrabando, integração de organização terrorista, atos preparatórios e financiamento do terrorismo e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 75 anos e 6 meses de reclusão.
Incêndio em caminhão no Túnel da Covanca, no Rio, tem 40 vítimas
Um incêndio em um caminhão carregado de cervejas, nesta quinta-feira (8), na galeria do Túnel da Covanca, na Linha Amarela, no Rio de Janeiro, fez 40 vítimas, segundo o Corpo de Bombeiros. Elas foram encaminhadas a hospitais. Os bombeiros ainda estão no local fazendo o trabalho de rescaldo.
“A remoção do caminhão [é feita] de maneira segura e acompanhando os trabalhos de liberação da via. Fogo em veículo com perda total. A apuração da causa geralmente é feita pela Polícia Civil. A gente ainda não [ainda] sabe quais são as causas”, disse o porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio Contreiras, em entrevista à Agência Brasil. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que os hospitais municipais Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Albert Schweitzer, em Realengo; Salgado Filho, no Méier; Miguel Couto, na Gávea; e Souza Aguiar, no centro, receberam 38 vítimas. “São pacientes intoxicados pela fumaça proveniente do incêndio. Todos estão em tratamento, alguns já recebendo alta e dois casos muito graves, que precisaram de intubação orotraqueal [procedimento médico para estabelecer o controle da via aérea], que vão ficar internados, mas provavelmente vão estabilizar e sair bem”, opinou. Soranz acrescentou que a recomendação em casos de incêndio sempre é evitar o contato com a fumaça, porque podem estar presentes nela produtos químicos, como monóxido de carbono, que gera intoxicação intensa, que muitas vezes pode levar o paciente à gravidade e até a óbito. “A recomendação é ficar o mais longe possível no caso de fumaça e proteger as vias aéreas com um pano ou máscara. Se puder com pano úmido é melhor. É muito importante que as pessoas evitem e, em caso de fumaça, procurem sair o mais rápido possível do ambiente”, concluiu.
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