Por que uma cidade mais azul e feminina
Às vésperas do pleito de 2024, é imperativo que Rio Claro se torne uma urbe mais azul e feminina. A participação das mulheres na política local transcende o mero exercício do direito cívico, revelando-se um verdadeiro sine qua non para o florescimento de uma sociedade harmoniosa e equânime. Quando mulheres ascendem a cargos políticos, toda a coletividade é enriquecida por perspectivas diversificadas e essenciais, aptas a formular políticas públicas que de fato satisfaçam as necessidades de todos os cidadãos.
A presença feminina no cenário político de Rio Claro encerra o potencial de transfigurar a cidade em um reduto de inclusão e equidade. Questões de suma importância, como saúde, educação, direitos reprodutivos, combate à violência doméstica e igualdade salarial, encontram respostas mais efetivas e sensíveis quando são abordadas pela perspicácia e empatia das mulheres. Elas possuem a rara habilidade de discernir os desafios que se erguem perante suas comunidades e, com criatividade e determinação, engendrar soluções inovadoras e eficazes.
Além disso, a inclusão feminina na esfera política é um robusto esteio para a democracia. Uma cidade que almeja ser verdadeiramente democrática deve refletir a diversidade de sua população. Com um número maior de mulheres na política, as decisões assumem um caráter mais representativo e justo, revertendo em benefícios para todos. A presença feminina nos cargos de liderança serve também como um farol de inspiração para as gerações vindouras, desbravando barreiras e desafiando os estereótipos de gênero. Ver mulheres em posições de poder infunde ânimo nas meninas e jovens mulheres, alentando-as a acreditar no próprio potencial e a pugnar por seus direitos.
A participação feminina na política, além de seus impactos sociais, traz consigo inestimáveis benefícios econômicos. Mulheres em postos de liderança frequentemente promovem políticas que incentivam a educação, a saúde e a infraestrutura, pilares basilares para um crescimento econômico sustentável. A igualdade de gênero na política transcende a esfera social; é uma estratégia econômica de inteligência, capaz de propiciar prosperidade a toda a cidade.
Por fim, a presença feminina na política local reforça o compromisso de Rio Claro com os direitos humanos e a justiça social. Mulheres no poder possuem a inestimável oportunidade de pugnar por uma cidade mais justa, onde os direitos de todos os cidadãos são respeitados e valorizados. Uma cidade mais azul e feminina é o reflexo de uma comunidade que preza a igualdade, a justiça e o respeito pelos direitos humanos. Neste sentido, o lema “Quieta Non Movere” ressoa com profundidade: aquilo que está quieto não deve ser movido, a não ser que seja para promover o bem comum e a justiça social.
É, pois, imprescindível que Rio Claro apoie e promova a participação feminina na política. Uma cidade mais feminina é uma cidade mais justa, próspera e democrática. Urge que unamos esforços para assegurar às mulheres a representatividade que merecem, transformando Rio Claro em um paradigma de inclusão e igualdade para todo o Brasil.
Antonio Archangelo, professor, gestor e escritor
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