Com tantas reformas e mudanças na Previdência, o planejamento previdenciário se tornou uma necessidade no Brasil. Os trabalhadores precisam aprender a planejar a sua aposentadoria para receber um benefício com o maior valor e o menor tempo possíveis.
Aposentadorias e planejamento previdenciário foram discutidos no programa Diário MA TV da última sexta-feira (26). Maria Angela Tavares de Lima e Renata Fonseca conversaram com a assessoria previdenciária Luana Cabral, especialista em aposentadorias.
Como qualquer coisa na vida, as aposentadorias também precisam ser planejadas. A grande maioria dos trabalhadores espera a idade chegar para solicitar o benefício, mas se erros foram cometidos ao longo da vida laboral fica mais difícil atingir essa meta.
Ou ainda, a pessoa pode se aposentar recebendo um valor aquém daquele possível. Há também aqueles casos em que a pessoa consegue se aposentar, mas o valor do benefício é insuficiente para sustentar a si e a família, o que exige seu retorno ao mercado de trabalho.
“O planejamento previdenciário analisa todo o histórico de trabalho e tempo de contribuição do trabalhador em busca de conseguir aproveitar melhor essa trajetória e obter um benefício maior”, explica Luana. “É necessário fazer o planejamento previdenciário para você saber o que precisa para se aposentar com salário bom e dentro do tempo mínimo permitido”, acrescenta.
Além disso, o Brasil tem vários tipos de aposentadorias disponíveis e pessoa precisa verificar em qual se enquadra melhor. Muitos até mesmo desconhecem que tem direito a receber um benefício da Previdência Social. A aposentadoria especial, por exemplo, é destinada aos trabalhadores que exercem funções insalubres.
Luana informa que há meios de aproveitar melhor essa aposentadoria. “Muitas vezes não consta a atividade insalubre no extrato de contribuição, que dá direito a uma porcentagem em cima da soma e isso aumenta o tempo de contribuição. Às vezes a pessoa já pode se aposentar e não sabe porque o sistema aponta que ainda falta tempo”, comenta a especialista.
No entanto, Luana observa esse regime precisa de muita atenção porque a Reforma da Previdência Social mudou as regras para os trabalhadores inscritos no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a partir de 13 de novembro de 2019.
Outro exemplo é o benefício BPC/LOAS destinado a idosos e pessoas com deficiência que não têm condições de sustentar a si próprio e sua família. Por se tratar de um benefício assistencial e não aposentadoria, não é necessário ter contribuído para o INSS para ter direito a ele. Entretanto existem critérios como ter renda per capta igual ou menor que ¼ do salário mínimo.
“O sistema estabelece ¼ do mínimo, mas existe jurisprudência judicial que permite a concessão com um terço”, esclarece Luana. Porém, ele frisa a necessidade de o beneficiário manter sempre atualizadas as informações do Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal para verificação contínua dos critérios.
Quem quiser evitar problemas futuros pode utilizar a aposentadoria programada. Nesse caso, o especialista analisa seu histórico previdenciário, verifica todos os critérios e calcula quanto tempo falta para a aposentadoria, além de apontar os erros que devem ser corrigidos nesse tempo. “São coisas que demandam tempo e envolvem terceiros, por isso a importância de fazê-las com antecedência”, orienta Luana, que pode ser contatada pelo Instagram: @luana.cab.oliveira ou pelo telefone (19) 97404-7624.
A entrevista da assessora previdenciária ao programa Diário MA TV pode ser conferida pelo link https://www.youtube.com/watch?v=v5-QKMwGvxk
Por Ednéia Silva / Foto: Diário do Rio Claro