Com a queda das temperaturas em diversas regiões do país, todos esperamos que nossas casas propiciem o conforto necessário para as atividades diárias que vão desde o trabalho remoto, assistir televisão no sofá e dormir. E como atingir essas condições mais agradáveis?
De acordo com a arquiteta Isabella Nalon, à frente do seu escritório homônimo, uma série de cuidados contribuem para deixar os ambientes residenciais termicamente mais gostosos. A primeira levantada por ela é a organização e limpeza, pois quando os móveis e objetos estão bem dispostos, o clima fica mais uniforme.
Esse é apenas um dos pontos descritos por ela. Acompanhe os demais:
Escolhas no décor
De acordo com o arquiteta, materiais com a função isolante cooperam no desafio de atenuar a transferência entre o calor advindo da parte externa para os ambientes interiores. Ainda de acordo com ela, o posicionamento estratégico da edificação (casa ou apartamento) para a obtenção da luz solar também corrobora para aquecer os espaços, reduzindo a necessidade de aquecimento artificial.
“Nos projetos, gosto sempre de contar com materiais que carregam propriedades térmicas. É o caso de tapetes espessos e cortinas mais encorpadas que participam na elaboração de clima mais quentinho. Sobre as cores, uma cartela bem aplicada em elementos como almofadas e mantas deixam as noites mais aprazíveis e com uma energia ainda melhor”, ressalta Isabella.
Ainda com relação às cores, ela destaca que tonalidades como o azul, cinza e branco são inclinados à percepção de espaços mais frios. Entretanto, são devidamente equilibrados por meio da utilização de acessórios dentro de uma paleta terrosa ou mais vívida.
Revestimentos
Por conta do sistema construtivo mais utilizado no país – a alvenaria –, profissionais de arquitetura investem em soluções capazes de reverter a falta de conforto térmico resultante desse insumo de obra. Para os pisos, tanto os madeira, como os laminados e os vinílicos são boas escolhas. “A depender do projeto, também podemos considerar o sistema de aquecimento instalado no chão”, sugere a arquiteta.
Já para as paredes, as boas pedidas ficam para as tantas possibilidades do papel de parede e os painéis de madeira em suas diversas possibilidades.
Iluminação e móveis
Sem sombra de dúvidas, as decisões certas entram nesse mix: lâmpadas de LED amarelas (com 3000k), dispostas de forma indireta ou suaves deixam a atmosfera residencial mais relaxante. Adicionalmente, móveis estofados com veludo e camurça dão um toque elegante e mais caloroso.
“Também não abro mão de contar com elementos especiais como velas perfumadas, arranjos de flores secas, mantas temáticas e almofadas com estampas de inverno. Essa ambiência nos conecta com a essência da estação, que é de nos sentirmos mais acolhidos e olhar para dentro de nós”, interpreta a arquiteta.
Outras dicas
Aquecedores portáteis resolvem a necessidade de aquecer áreas específicas como salas, quartos ou escritórios e, entre os modelos, o mercado dispõe de equipamentos com funcionamento a óleo, cerâmica e infravermelho. Sobre as lareiras, as versões elétricas ou ecológica contam com a facilidade de estarem em qualquer ambiente, além da segurança.
O que evitar?
Materiais como metal, vidro e concreto se tornam mais ‘frios’ se predominarem no ambiente, mas ao serem complementados com elementos mais quentes e de texturas variadas, o morador tem o equilíbrio perfeito. “Além disso, um layout aberto e sem áreas de descanso claramente definidas resultam em cômodos vazios e inóspitos”, finaliza.