Desde sábado, a morte brutal da cachorra Pandora, da raça Akita, em Rio Claro, vem causando comoção e revolta. O caso aconteceu na Vila Operária. O “tutor” do animal foi preso em flagrante, teve a prisão temporária convertida em preventiva e admitiu ter cometido a atrocidade porque Pandora era “muito desobediente” e “pulava em sua perna sem parar”.
A sequência de brutalidade descrita pelo próprio homem é de causar repulsa e consternação, no mínimo. Primeiro ele começou a queimá-la viva, em seguida lhe agrediu com pauladas quebrando todas as patas e depois terminou por queimá-la totalmente, sobre um colchão, onde as chamas foram combatidas por bombeiros, justamente quando a Patrulha Animal da GCM (Guarda Civil Municipal) chegou ao local.
Os vizinhos disseram às autoridades que chegaram a ouvir os uivos de desespero de Pandora, mas com receio de represálias por parte do tutor, não interviram.
Autuado em flagrante por crime de abuso contra animais, se condenado, pode pegar de dois a cinco anos de prisão e ter a pena majorada em um sexto por causa da morte da cachorra.
Repercussão
Somente numa postagem do Diário do Rio Claro numa rede social, o post recebeu dezenas de comentários indignados. Adjetivos como “monstro”, “maldito”, e manifestações defendendo que ele permaneça “muito tempo” na cadeia estavam entre as mais vistas nos comentários. “O mundo vai de mal a pior”, disse um internauta.
O teor dos comentários foi se acentuando a ponto do algoritmo da própria rede social ocultá-los – o que acontece para evitar discursos de ódio.
Protetores de animais e mesmo pessoas comuns sensibilizadas com o extremo sofrimento ao qual Pandora foi submetida foram ao Plantão Policial para exigir rigor na responsabilização do homem.
Até mesmo agentes de segurança que atuaram na ocorrência se disseram chocados com o nível de crueldade da qual a cachorrinha foi vítima.
Foto: GCM