Hoje em dia e na maior parte dos casos, temos muitas mamães, papais e cuidadores que enfrentam uma longa jornada de trabalho e chegam em casa buscando descanso e tranquilidade.
Em contrapartida, existem as crianças que, ao contrário deste desgaste emocional e físico dos adultos, estão carregadas com muita energia e ansiosas pela chegada dos pais para brincarem.
E aí, como reagir frente a este cenário?
A era digital, como, por exemplo, o tablet, celular e computadores, é a melhor alternativa? Não, pais! As crianças precisam de brincadeiras lúdicas para auxiliar no desenvolvimento psicológico, emocional, social e cognitivo. Pois, são através dessas brincadeiras que elas vão conseguir expressar os seus sentimentos em relação ao mundo.
Segundo David Whitebread (2016), psicólogo da Universidade Cambridge, no Reino Unido, a brincadeira infantil é essencial para o desenvolvimento intelectual do ser humano. “As crianças precisam aprender a perseverar, a controlar sua atenção e emoções. Elas aprendem tudo isso através do brincar”. Podemos pensar no tempo de 20 minutos, mas que seja de qualidade com os seus filhos, pois a criança que brinca tende a se tornar mais empática, comunicativa, criativa e a ter um desempenho melhor no contexto escolar.
O ato de brincar em si promove inúmeros ganhos em níveis emocionais, então, vale a pena este investimento de tempo. Em relação aos tipos de brincadeiras, é válido ter em mente que do zero aos dois anos, a criança está adquirindo suas competências motoras e desenvolvendo sua autonomia. Logo, torna-se importante o uso das brincadeiras que promovem a exploração dos objetos através dos sentidos. Já na faixa etária entre os dois e sete anos, a simbologia passa a exercer um papel fundamental nas brincadeiras da criança.
Daí a preferência por fantoches, desenhos, histórias e “faz de conta”. Nessa fase, a criança já é capaz de produzir imagens mentais e, com a fala, substitui objetos por símbolos. E a partir dos sete anos, as crianças já passam a ter um entendimento melhor sobre seguir regras. Devido a isso, é importante utilizar jogos em que seja necessário que elas tomem decisões para que estratégias, planejamentos e reflexões de como alcançar o objetivo do jogo possam ser estimulados. Além disso, os jogos com regras são importantes, pois as crianças aprendem também a controlar o comportamento impulsivo.