Um homem de 27 anos foi preso na terça-feira, dia 9, por descumprimento de medida protetiva e ameaça à ex-companheira. Proibido pela Justiça de se aproximar da vítima desde o último dia 1º, o infrator era monitorado pelas equipes da Cabine Lilás da Polícia Militar, programa criado para acompanhar casos de violência doméstica e dar suporte às vítimas.
Assim que identificou o rompimento da tornozeleira eletrônica do agressor, a equipe da Cabine Lilás entrou em contato com a vítima para orientá-la e garantir sua proteção. Ao mesmo tempo, uma viatura foi acionada para o endereço do infrator, que foi preso em flagrante no bairro do Brás, região central da capital. Ele foi conduzido à Delegacia da Defesa da Mulher, no Cambuci.
Em contato com a vítima, ela confirmou que recebeu ligações do suspeito com ameaças. O agressor foi indiciado por descumprimento de medida protetiva de urgência, violência doméstica e dano contra patrimônio público. Ele foi encaminhado à carceragem do 2º Distrito Policial, permanecendo à disposição da Justiça.
Monitoramento de agressores
Implementado em setembro de 2023, o sistema de monitoramento por tornozeleira eletrônica da Secretaria da Segurança Pública já ajudou a polícia a prender 17 agressores que tentaram se aproximar das vítimas. Em nove dessas ocorrências, havia grave risco à vida das mulheres. Atualmente, 170 infratores são monitorados pelo programa, sendo 85 por violência doméstica ou familiar.
Os detidos por esses crimes, soltos em audiências de custódia na cidade de São Paulo, podem receber o equipamento a depender do entendimento da Justiça. O programa, que começou pela capital, será expandido ainda neste ano para o todo o estado.
A vigilância dos suspeitos monitorados com tornozeleira é realizada por uma equipe do Copom, na Cabine Lilás, com policiais femininas que foram treinadas para acompanhar os casos ativos e orientar as vítimas. Além disso, as policiais também foram capacitadas para prestar todo o suporte às mulheres que precisarem de informações pelo 190 em situações de violência doméstica ou familiar. As informações são do governo estadual.
Foto: Agência Brasil