Em entrevista ao Centenário, o presidente do diretório municipal do PTB, Tu Reginatto, declarou que pode deixar a base do governo do prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria (Democratas) em 2019.
“Eu, particularmente, desde que ele [prefeito] assumiu venho criticando o não cumprimento das promessas de campanha”, esclareceu à reportagem.
Questionado se a sigla pretende deixar a base, foi taxativo: “tenho conversado com as executivas estadual e municipal para oficialmente deixarmos o governo. Isso pode acontecer no início de 2019, com uma reunião partidária chamada exclusivamente para esse fim”, adianta
Reginatto detaca que se for deliberado pela maioria, o partido deve abandonar o governo. “Deixamos o governo e aqueles cargos que, porventura, forem do PTB, ou deixam o cargo ou deixam o partido”, enfatizou.
MOTIVOS
Reginatto frisou que o motivo pela insatisfação é o não cumprimento de bandeiras defendidas antes das eleições. Entre as pautas que, segundo ele, não foram atendidas, está o fim da taxa de iluminação, ônibus gratuito às quartas-feiras para a população, melhorias da saúde, construção democrática do Plano Diretor, diminuição de secretarias, além de valorização do servidor público. “O relacionamento de secretários e diretores com o funcionalismo é péssimo”, afirma.
DIÁLOGO
O presidente diz ainda que não houve nenhuma reunião com os partidos da base de governo depois das eleições. “A não ser que teve e o PTB não foi convidado”, diz.
CÂMARA
Vale lembrar que, na Câmara, o partido conta com dois parlamentares: José Pereira, o Pereirinha, e Rafael Andreeta. Ambos têm feito duras críticas ao governo municipal.
OUTRO LADO
Juninho da Padaria declarou à reportagem que respeita a opinião de cada membro do governo e ressaltou que acredita na “composição” para a construção de uma cidade melhor. “As divergências são salutares, mas hoje nós temos uma cidade diferente de quando assumimos”, afirmou o democrata.
O prefeito reassaltou a relevância dos partidos. “O PTB e os demais partidos são importantes. Posso ter pecado em não procurá-lo, mas nunca me furtei em não recebê-lo”, enfatizou sobre a sigla.
Por fim, Juninho declarou: “estamos abertos, mas não posso forçar ninguém a estar no meu governo”.