Olá Geekers amados!
Essa semana vamos adentrar mais “um tanto” no universo do anime japonês e o quanto influenciaram e influenciam o mundo ocidental.
Em tempo (já): Particularmente, esse colunista que “vos escreve”, não é fá assíduo de “animes”, mas sou “rodeado” por fãs fervorosos (Otakus) e consumidores dessa “cultura” que tanto se “arraigou” no mundo ocidental. Sou mais “Tokusatsu”.
Vale lembrar, como já dito e xplicado em colunas anteriores:
OTAKU: No Japão, os fãs de animes e mangás são chamados de “otaku”. Essa expressão é amplamente utilizada para se referir a pessoas que são entusiastas da cultura pop japonesa, especialmente animes, mangás e outros elementos relacionados. Os otakus são imersos nesse universo e frequentemente possuem gírias e expressões próprias tiradas dessas mídias. É uma comunidade apaixonada e dedicada!
TOKUSATSU: “Tokusatsu” é um termo japonês para filmes ou séries “live-action” (com atores reais) que fazem uso forte de “efeitos especiais” (ou defeitos, kkkk). Essas produções são conhecidas por sua combinação de ação, aventura, fantasia, ficção científica e, muitas vezes, super-heróis. O termo tokusatsu é uma abreviação em japonês para “tokushu kouka satsuei” que significa “filme de efeitos especiais”.
Dadas as “aberturas”, vamos em frente.
O mundo da cultura pop ocidental tem sido profundamente influenciado por uma forma de arte que vem do outro lado do globo: o “anime japonês”. Originalmente considerados como simples desenhos animados para crianças, os animes ganharam um lugar significativo no coração dos jovens e adultos ocidentais, transcendendo barreiras culturais e linguísticas. Vamos explorar “um pouco” (pois o tema é extenso e complexo), como os animes japoneses conquistaram popularidade no Ocidente e como influenciaram outras mídias, incluindo filmes, moda e até mesmo o comportamento dos jovens geeks.
Era 1967 os Estados Unidos (USA) iniciaram uma revolução cultural, transportando as histórias dos quadrinhos para o mundo animado dos desenhos. Esse “movimento” não passou despercebido no Japão, que viu ali (como sempre) uma oportunidade de criar um “fenômeno global”.
Voltando um pouco no tempo, em 22 de outubro de 1958, o Japão já havia feito história com o lançamento do “primeiro anime”, “Hakujaden” (A Lenda da Serpente Branca).
Essa obra-prima foi concebida pelas mentes criativas de Tiji Yabushita e Kazuhiko Okabe, com um roteiro que uniu Taiji Yabushita, Shin Uehara e Seiichi Yashiro.
“Hakujaden” não só marcou o início de uma era, mas também foi o primeiro anime a cruzar os mares até o “mercado americano”, acompanhado de “Panda e a Serpente Mágica” (Panda and the Magic Serpent). A produção desse filme foi um marco, exigindo o esforço de 13.590 funcionários e oito meses de trabalho árduo.
A trama de “Hakujaden” é inspirada no conto chinês “A Lenda da Serpente Branca”. Na história, Xu Xian possui uma pequena serpente branca como animal de estimação, que seus pais o obrigam a abandonar. Anos mais tarde, durante uma tempestade, a serpente revela ser um espírito com poderes mágicos e se transforma na princesa Bai Niang, que se apaixona por Xu Xian. Mas o romance enfrenta um obstáculo quando um monge local, Fa Hai, decide intervir, acreditando que Bai Niang é um espírito maligno.
A jornada do anime para o Ocidente começou na década de 1960, com séries como “Astro Boy” e “Speed Racer” fazendo suas primeiras aparições na televisão americana. No entanto, foi somente nas décadas de 1980 e 1990 que o anime começou a ganhar um reconhecimento mais amplo. Séries como “Dragon Ball”, “Sailor Moon” e “Pokémon” se tornaram fenômenos globais, atraindo uma base de fãs dedicada e estabelecendo o anime como uma forma de entretenimento e influencia cultural legítima fora do Japão.
A popularidade dos animes desencadeou uma onda de influências na mídia ocidental. Filmes como “Matrix”, dos irmãos Wachowski, foram fortemente inspirados por animes como “Ghost in the Shell” e “Akira”, incorporando elementos visuais e temáticos do gênero cyberpunk. Além disso, a série de televisão “Avatar: A Lenda de Aang” é um exemplo de como os animes inspiraram a animação ocidental, misturando estilos de arte orientais e ocidentais e abordando temas complexos típicos dos animes.
“Cavaleiros do Zodíaco” pode ser considerado um dos maiores fenômenos, iniciado em 1994 e que perdura até os dias de hoje entre os aficionados por anime. Além de se tornar um marco, foi frequentemente reprisado e gerou uma ampla publicidade. Essa animação abriu caminho para que outras emissoras, além da Manchete, começassem a investir em animes. (esse eu assisti)
Como “big influencer”, podemos citar o já “famosérrimo” e “dandy” entre os animes, o One Piece, que ganhou série em live action pela Netflix.
Como “mangá”, One Piece é publicado no Japão desde 1997 nas páginas da revista Weekly Shonen Jump, da editora Shueisha, e soma atualmente 100 volumes publicados.
Como “anime”, One Piece tem 1044 episódios, 13 especiais e 15 filmes. Em novembro de 2021, One Piece conquistou a histórica marca de 1000 episódios. O anime está em exibição contínua, ou seja, ganha um novo capítulo todo sábado. One Piece tem 1047 episódios no total dublado.
Sem esquecermos também co “mais assistido na década”, Naruto Shippuden: A sequência do anime Naruto, que segue as aventuras do jovem ninja Naruto Uzumaki em sua jornada para se tornar o próximo Hokage, líder máximo de sua vila. Com mais de 500 episódios, Naruto Shippuden foi o anime mais visto da década.
Atualmente, existem mais de 12.000 animes lançados até o momento. Vamos supor que cada anime tenha em média 26 episódios (embora alguns tenham mais ou menos). Se multiplicarmos o número de animes pela quantidade média de episódios, teríamos um total de 312.000 episódios para assistir!
Em tempo: A enorme diversidade dos animes, também gera muita “porcaria”, e das grandes. Temos que ficar atentos com o que essa “juventude” também vem sendo influenciada, pois existem animes com conotações perversas de valores distorcidos em todos os sentidos, morais, sexuais…tudo o que pode imaginar. Portanto, fiquem atentos.
A influência do anime estende-se também à moda e ao estilo. A popularidade de personagens de anime e a subcultura otaku levaram à adoção de estilos inspirados em personagens, como o visual “kawaii”, que enfatiza a fofura e a inocência, e o “harajuku”, que é conhecido por sua natureza excêntrica e colorida. Esses “estilos” não se limitam apenas ao Japão, mas também ganharam popularidade em outras partes do mundo, influenciando a moda de rua e até mesmo as passarelas, formando até comunidades.
Os animes têm desempenhado um papel crucial na formação das atitudes e identidades dos “jovens geeks” no Ocidente. Através do consumo de anime, muitos jovens encontram uma forma de expressar sua individualidade e se conectarem com uma “comunidade global” de fãs com interesses semelhantes. Além disso, os temas frequentemente explorados nos animes, como amizade, superação e a busca pelo autoconhecimento, ressoam profundamente com o público jovem, proporcionando-lhes inspiração e conforto em suas próprias vidas.
A influência do anime na cultura pop ocidental é “indiscutível”. O que começou como uma forma de entretenimento estrangeira se tornou uma parte integrante da “tapeçaria cultural” do Ocidente, afetando não apenas outras mídias, mas também a moda e as atitudes dos jovens. À medida que o anime continua a evoluir e a se expandir, é provável que sua influência na cultura pop ocidental continue a crescer, solidificando seu lugar como um fenômeno cultural verdadeiramente global.
“O anime não é mais um subproduto cultural do Japão; é uma parte vital e vibrante da cultura pop global.”
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Até a próxima, aventureiros.
VAI ROLAR:
07 Abril – GEEK TIME – Atibaia – @geektime.oficial
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Por: Celso Marcondes Filho / Fotos: Divulgação