O Relatório Mundial sobre a Qualidade do Ar (World Air Quality) de 2023 traz um dado preocupante. Dos 134 países e territórios analisados, apenas sete tiveram qualidade do ar “saudável” no ano passado, de acordo com a IQAir, uma companhia suíça que monitora a qualidade do ar em todo o mundo, em parceria com ONU (Organização das Nações Unidas) e Greenpeace.
Conforme o relatório, Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurício e Nova Zelândia são os países que não ultrapassaram os níveis das pequenas partículas expelidas por veículos e pela indústria (PM2,5) que podem causar problemas de saúde. Ou seja, essas nações cumprem os padrões de qualidade do ar estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – média anual igual ou inferior a 5 microgramas por metro cúbico (µg/m³).
Os cinco países mais poluídos de 2023 foram Bangladesh (79,9 µg/m³), Paquistão (73,7 µg/m³), Índia (54,4 µg/m³), Tajiquistão (49 µg/m³) e Burkina Faso (46,6 µg/m³). A Índia abriga o maior número de cidades poluídas. Entre as 100 cidades mais poluídas do mundo, 83 ficam na Índia, sendo que quatro delas encabeçam o ranking: Begusarai (118,9 ug/m³), Guwahati (105,4 ug/m³), Delhi (102,1 ug/m³) e Mullanpur (100,4 ug/m³).
O Brasil aparece no 83º de lugar do ranking de poluição do ar, com mais que o dobro do teto da OMS. O município brasileiro com pior índice de qualidade do ar é Xapuri, no Acre, com 21 µg/m³, mais de quatro vezes acima do limite recomendado pela OMS. Em seguida vem Osasco (SP) com 19,4 µg/m³, Manaus (AM) com 16,8 µg/m³, Camaçari (BA) com 16,2 µg/m³, Guarulhos (SP) com 16 µg/m³ e São Caetano (SP) com 15,9 µg/m³.
Rio Claro aparece entre as cidades mais poluídas do país com 15,5 µg/m³ à frente de Cubatão com 15,4 µg/m³, Campinas (SP) com 15 µg/m³, São Paulo (SP) com 14,3 µg/m³ e de Piracicaba (SP) com 11,8 µg/m³. A única cidade brasileira a ficar dentro dos parâmetros da OMS é Fortaleza (CE) com 3,4 µg/m³.
O índice de poluição do ar em Rio Claro excede em mais de três vezes o limite de 5 µg/m³ da OMS. Eliminar a poluição atmosférica é um desafio que o município enfrenta há anos. Assim como IQAir, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) monitora a qualidade do ar no estado de São Paulo.
Boletim mensal da companhia referente ao mês passado aponta que Rio Claro registrou boa qualidade do ar com concentração média de mensal de 10 µg/m³ de partículas inaláveis finas (MP2,5) e de 19 µg/m³ de material particulado inalável (MP10). A Cetesb considera bom o índice até 25 µg/m³ para MP2,5 e até 50 µg/m³ para MP10. Em janeiro deste ano, os índices foram de 9 µg/m³ e 18 µg/m³, respectivamente.
Por Redação DRC