Olá Geekers amados!
Essa semana vamos adentrar mais “um tanto” no universo das MULHERES NO MUNDO GEEK.
A cultura geek, um universo repleto de paixão por quadrinhos, jogos eletrônicos, séries, filmes e outras formas de entretenimento, tem testemunhado uma evolução significativa ao longo dos anos. Embora tradicionalmente dominada por uma audiência majoritariamente masculina, este cenário vem mudando gradualmente com a crescente presença e influência feminina. As mulheres, que sempre consumiram produtos da cultura geek, estão reivindicando seu espaço e desafiando as normas estabelecidas, tanto como consumidoras quanto como criadoras de conteúdo.
Este texto busca explorar a representação das mulheres na cultura geek, destacando os desafios enfrentados e as conquistas alcançadas. A partir de resultados de algumas pesquisas feitas com mulheres, principalmente do ensino médio, procuramos entender a percepção desses jovens sobre a presença feminina no universo geek. Os resultados apontam para uma conscientização crescente sobre a sexualização e a discriminação enfrentadas pelas mulheres nesse meio, embora ainda existam dificuldades em identificar plenamente essas questões como formas de preconceito.
Ao mergulhar nesse tema, pretendemos não apenas iluminar as questões de gênero dentro da cultura geek, mas também inspirar uma reflexão sobre a importância da inclusão e da diversidade nesse espaço. Com a emergência de uma nova inclusão feminina geek, é crucial reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres para esse universo, promovendo um ambiente mais acolhedor e representativo para todos.
A ideia para esse tema, surgiu após eu (esse colunista que vos escreve) e minha mulher, participarmos de uma prévia de um documentário idealizado e roteirizado por Vivian Guilherme, jornalista, e feito também pela jornalista Janaina Moro, com incentivo cultural pela lei Paulo Gustavo.
Um documentário muito bem elaborado, muito bem cuidado sobre o FESTIVAL DE ROCK FEMININO DE RIO CLARO, onde por vários anos reuniu as principais e as também desconhecidas bandas femininas, ficando notória sua importância como festival, culminando até em uma apresentação da banda britânica GIRLSCHOOL, sendo que foi a única apresentação na América latina dessa banda feminina ícone do rockn’roll mundial.
Saímos de lá com uma impressão maravilhosa desse trabalho primoroso que essas “meninas” (jeito carinhoso para mulheres) estão fazendo.
Toda a cultura geek, não seria nada charmosa, nem alegre ou engraçada, se não tivéssemos as mulheres engajadas nela também. Apesar das adversidades, elas se mostram em várias situações, tão e quanto competentes e ou fortes como homens inseridos no contexto também.
No nosso GEEK POP FEST 2023, tivemos como apresentadora a Ayu Bacos, que impressionou a todos com sua energia e profissionalismo, desbancando muitos apresentadores conhecidos por aí. E onde nesse universo, o cachê de umas das mais concorridas apresentadoras geek do mercado NYVI STEPHAN pode atingir patamares astronômicos. Do mundo dos games, para o esporte e diretamente pata telas “globais”, essa “menina” hoje tem posição de destaque, com mais de 2 milhões de seguidores no Instagram.
Ainda com base em pesquisas, podemos dizer que 31% do mercado consumidor e leitor de HQs são mulheres (segundo o blog Papo de Quadrinho).
Abaixo, 10 HQs escritas por mulheres (Fonte: glamour.globo.com)
A Samurai – Primeira Batalha, por Mylle Silva: Michiko não é sua gueixa comum. Ela sonha em ser uma samurai e encontrar sua família. Acompanhe sua jornada de iniciante a guerreira destemida.
Tina: Respeito, por Fefê Torquato: Tina, a icônica personagem de Mauricio de Sousa, enfrenta um vilão da vida real: o assédio. Uma história poderosa que merece nossa atenção.
Alho-Poró, por Bianca Pinheiro: Uma aventura culinária com um toque de mistério. Quem disse que fazer quiche era fácil? Descubra o segredo que essas amigas compartilham na Edição de Colecionador.
Primeiras Vezes, por Sibylline: Mergulhe em um mundo erótico onde as mulheres são as protagonistas. Dez histórias que vão despertar todos os seus sentidos.
Persépolis, por Marjane Satrapi: Uma viagem ao coração do Irã, onde Marjane Satrapi nos mostra sua infância sob o véu islâmico. Uma mistura de pop, épico, humor e drama que vai te cativar.
Hoje é o Último Dia do Resto da Sua Vida, por Ulli Lust: Siga a jornada emocionante de Ulli Lust e sua amiga Edi pela Europa dos anos 80. Sexo, drogas e, claro, rock’n’roll.
Faith, Volume 2, por Jody Houser: Faith é mais do que uma aspirante a repórter; ela é uma heroína que combate o crime. Mas um supervilão talentoso está prestes a desafiar tudo que ela conhece.
Nana Vol.01, por Ai Yazawa: Duas garotas, mesmo nome, destinos diferentes. Nana Oosaki quer ser uma estrela do punk rock. Acompanhe suas aventuras e descubra o que o futuro reserva para as “duas Nanas”.
Ms. Marvel Vol. 2: Metamorfose, por G. Willow Wilson: Kamala Khan, também conhecida como Ms. Marvel, enfrenta desafios de adolescente e de super-heroína. Drama, romance e ação esperam por você.
J Kendall – Aventuras de uma Criminóloga: Um casamento que se transforma em tragédia. Júlia Kendall se junta à polícia para desvendar um mistério chocante.
Sem falar no mundo dos games, onde as mulheres tem desempenhado um papel significativo na cena gamer brasileira.
Segundo pesquisas recentes, 67 milhões de brasileiros são gamers, ou “consomem” jogos no Brasil. Desse universo, de 47% a 50% são mulheres, um percentual que tem crescido ao passar doas anos, refletindo uma maior participação feminina.
Os números não mentem, vendo como exemplo as 10 maiores youtubers gamers femininas do Brasil, somam aproximadamente 46 milhões de inscritos, sendo que a topo do pódio é a JULIA MINE GIRL, que possui 8,1 milhões de inscritos.
Na grande telona, não podemos ainda afirmar a hegemonia das mulheres (personagens). Especialmente no gênero de super-heróis, tem havido tradicionalmente mais personagens masculinos do que femininos. Isso reflete uma tendência mais ampla na indústria cinematográfica. No entanto, nos últimos anos, houve um esforço consciente para aumentar a representação de heroínas e personagens femininas fortes. Filmes como “Mulher-Maravilha”, “Capitã Marvel” e “Viúva Negra” são exemplos de projetos que colocaram mulheres no centro da ação e da narrativa. Apesar desse progresso, ainda há um caminho a percorrer para alcançar a “paridade” de gênero total no cinema de super-heróis e em outros gêneros.
Abaixo, 10 títulos de bons filmes de “heroínas”:
1 Mulher-Maravilha (2017)
2 Capitã Marvel (2019)
3 Viúva Negra (2021)
4 Mulher-Maravilha 1984 (2020)
5 Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (2020)
6 Supergirl (1984)
7 Elektra (2005)
8 Mulher-Gato (2004)
9 Homem formiga e Vespa (2018)
10 As Marvels – (2023)
Isso sem “falar” dos filmes onde protagonistas (heroinas ou vilãs) foram mulheres, sem estar nos títulos dos mesmos, como a Feiticeira Escarlate em “Vingadores: Guerra Infinita” e “Vingadores: Ultimato”, ou a Tempestade na série de filmes “X-Men”.
E aí, Geekers amados, chegamos ao fim de mais uma viagem pelo universo geek, dessa vez, com foco nas mulheres poderosas que estão revolucionando esse espaço. É inspirador ver como elas estão quebrando barreiras, desafiando estereótipos e mostrando que têm tanto talento e paixão quanto qualquer “geek de carteirinha”. Seja nos quadrinhos, nos games, no cinema ou na música, as mulheres estão mostrando que o mundo geek é delas também.
Keep Rocking!!!!!
Gostou? Comentários, dicas e qualquer coisa que queira falar, mande para geekpopfest@gmail.com
Até a próxima, aventureiros.
VAI ROLAR:
24 de março – SÃO PAULO ANIME GEEK – São Paulo – @spanimegeek
24 de março – FESTIVAL MAID CAFÉ – São Paulo- @maidsugar
Por: Celso Marcondes Filho / Fotos: Divulgação