Olá Geekers amados, ou simpatizantes da coluna, Tudo nêgo bão?… Blz.
Beleza então…!!!
Hoje acordei bastante “saudosista”, mas no bom sentido. Relembrando algumas “coisas” geek que nos “idos” ainda não eram consideradas como tal, pois essa cultura emergiu muito depois, mas que hoje são ícones e estão mais vivas que nunca nesse universo.
Me deparei com anúncios do console “Master System”, sendo revisitado e atualizado pela Tec Toy, com todos os jogos já inclusos, prontos para jogar, e até “Atari Flashback”, console com 110 games inclusos……vixe, que delícia!
Mas games serão assunto para outra coluna.
Nessa coluna, vamos falar sobre as séries antigas e as icônicas modernas que já viraram referência no mundo geek.
Nesse meu “saudosismo”, fiquei lembrando e muito da série “PERDIDOS NO ESPAÇO”, “televisionada” entre 1965 e 1968, e imortalizada por vários ícones que foram revisitados em Remake de 1998 (filme) e depois nova série em 2018 na Netflix.
Quem assistiu a série original que foi “televisionada” (em preto e branco) , não consegue esquecer do “infame” Dr Smith, imortalizado pelo ator Jonathan Harris, do menino Will Robinson (eu queria ser ele na época) vivido pelo ator mirim Bill Mumy, e logicamente, para mim, o astro da série, o robô B9 e seus alertas de “PERIGO, PERIGO !”. Uma série de referência no estilo “Ficção científica”, que nos apresentou a “Família Robinson”.
Essas séries foram pioneiras, estabelecendo os alicerces do gênero e inspirando um senso de maravilha e possibilidade. Elas refletiam os anseios e medos de suas “épocas”, desde a corrida espacial até a Guerra Fria, e continuam a ser lembradas por sua criatividade e ousadia.
E “TÚNEL DO TEMPO” então… onde dois amigos, Dr. Douglas Phillips (Doug) – Robert Colbert e Dr. Anthony Newman (Tony) – James Darren, são jogados “de lá pra cá” no “tempo”, pois não conseguem trazê-los mais de volta pelo “túnel” por onde começaram sua jornada. Uma série ícone onde também provocam reflexões sobre questões atuais, como a natureza da realidade, a ética da ciência e o impacto da tecnologia em nossas vidas, mesmo sendo da década de sessenta.
Em tempo: Tenho uma passagem diferenciada com essa série, onde quando estava assistindo um dos episódios em uma “Telefunken” (marca de televisão), preto e branco, onde o vidro era sobreposto ao tubo, e onde colocávamos uma folha de celulose, com colorido que ia do verde ao amarelo e vermelho, para imitar “cor”, e de repente esse vidro simplesmente “estilhaçou” por inteiro, do nada, justamente no momento aonde Doug e Tony estavam entrando no Túnel e ele soltava raios e fogos….foi um susto tremendo e marcou minha infância, pois por um bom tempo acreditava que o “acidente” tinha acontecido por intervenção do momento na “série”.
A trama da série se inicia em 12 de junho de 1983, durante um voo rotineiro da nave espacial Spindrift de Los Angeles para Londres. Inesperadamente, a nave é envolvida por uma enigmática névoa e atraída para uma tempestade magnética, resultando em seu desvio para uma versão alternativa da Terra. Neste mundo, tudo é doze vezes maior que em nosso planeta, incluindo os habitantes gigantes que dominam esse lugar extraordinário.
Era maravilhoso e surpreendente ver os utensílios produzidos para a série em tamanho gigante, para contracenar nas filmagens, fazendo parecer que realmente estavam em uma terra de gigantes.
Apesar desse contexto fantasiosos, a série abordava um tema político, referente a muitos países na época (1969 em diante). No mundo habitado pelos gigantes, imperava um regime autoritário, reminiscente das várias ditaduras presentes ao redor do globo na década de 60. Embora o seriado não deixasse explícito o viés ideológico do governo gigante, foi através dessa narrativa que as críticas ao autoritarismo se tornaram mais marcantes na obra de Allen, aliás, IRWIN ALLEN, criador das inesquecíveis séries: Viagem ao fundo do mar (1964-1968), Lost In Space (1965-1968), O Túnel do Tempo (1966-1967) e A Familia Robinson (1975-1976).
O interessante da ficção científica é sua capacidade de conectar diferentes eras. Séries “clássicas”, com seus efeitos especiais primitivos e cenários futuristas, abriram caminho para as produções atuais, com tecnologia de ponta e narrativas complexas. A admiração por “Perdidos no Espaço” pode ser vista no apreço por “Stranger Things”, que, embora separadas por décadas, compartilham um amor pelo desconhecido e pelo “aventuresco”.
Além disso, a evolução do gênero reflete o progresso da tecnologia e da ciência, com conceitos outrora considerados pura fantasia se tornando cada vez mais plausíveis. O que era ficção em “Johnny Quest” ou “Terra de Gigantes” inspira hoje os avanços em robótica, viagens espaciais e inteligência artificial.
E por falar em JONNY QUEST, eu sempre quis ser, também Jonny, uma série em desenho animado que foi exibido originalmente em 1964, e virou um dos maiores clássicos de HANNA BARBERA. Jonny é filho do Dr. Benton Quest, e tem como guardião e segurança da família, Roger T. “Race” Bannon. O indiano Hadji Singh, adotado na índia pelo Dr. Quest, é o melhor amigo de Jonny, que juntamente com o Bulldog Bandit, entre outros personagens, vivem várias aventuras principalmente para tentar proteger as descobertas do Dr. Quest, em lugares como a selva amazônica, o Polo Norte, o Canadá, Tailândia e o Egito, cenários que davam um caráter diferenciado à série. Muitos “aparatos” e “gadgets” que aparecem na série, são hoje realidade.
Em tempo: a música de abertura de Jonny Quest, é uma das melhores que já escutei. Prende você já com uma aura de mistério e aventura. Sempre que escutava, já esperava ansiosamente pelo episódio a começar. (só de escrever esse texto, já ecoa em minha mente)
Jonny Quest fez tanto sucesso que teve mais duas versões modernas: The New Adventures of JonnyQuest produzida de 1986 a 1987 e The Real Adventures of Jonny Quest, de 1996 a 1997. Até um filme foi iniciado.
À medida que avançamos, a ficção científica continua a ser um campo fértil para a exploração de novas ideias e possibilidades. Com o advento da realidade virtual, inteligência artificial e exploração espacial, o futuro promete ser ainda mais emocionante e imprevisível. Séries como “BLACK MIRROR”, já nos dão um vislumbre das potenciais consequências da tecnologia em nosso cotidiano, Uma série onde cada episódio é um conto, que podemos dizer que se assemelha a “TWILIGHT ZONE”, enquanto “THE EXPANSE” explora a política e os conflitos humanos em um cenário de colonização espacial, que teve início em “PERDIDOS NO ESPAÇO” e a “icônica” “STAR TREK”, Jornada nas Estrelas, que daria uma coluna só sobre ela.
A ficção científica não é apenas entretenimento; é um convite à reflexão e à imaginação. Ela nos desafia a pensar além dos limites do conhecido e a sonhar com o que pode estar além do horizonte. À medida que continuamos nossa “jornada” pelo universo da ficção científica, quem sabe quais novos mundos descobriremos e quais histórias ainda estão por ser contadas?
De “Perdidos no Espaço” a “Stranger Things”, cada “era” ou época traz sua própria interpretação do desconhecido, refletindo as esperanças, medos e fascínios de seu tempo. À medida que olhamos para o futuro, uma coisa é certa: a ficção científica continuará a ser um espelho de nossa sociedade, um laboratório de ideias e um portal para mundos inimagináveis. E para os fãs do gênero, a “jornada” está apenas começando.
Em tempo: Das “novas”, “Stranger Things” é a minha preferida, “anos 80 na veia”.
Fontes: memoriamagazine.blogspot.com, wikipedia.org, paponasestrelas.com.br, ovicio.com.br
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Até a próxima, aventureiros.
VAI ROLAR:
16 e 17 março – HEROMIX – Santo André – @heromix_evento_geek
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Por: Celso Marcondes Filho / Fotos: Divulgação