Sob polêmica, BYD lança o Dolphin Mini
Com certa frustração em torno do preço, a BYD lançou o novo Dolphin Mini, modelo de entrada da marca chinesa 100% elétrico.
O subcompacto custa R$ 115.800 e vem equipado com motor de 75 cv de potência, 13,7 kgfm de torque e chega a até 130 km/h de velocidade máxima. Um wallbox estimado em R$ 7 mil é oferecido gratuitamente por tempo limitado.
Com bateria de 38 kwh, alcança 280 km de autonomia (Inmetro). Em tamanho, o Dolphin Mini tem 3,78 m de comprimento (um pouco maior que um Renault Kwid, que tem 3,68 m), entreeixos de 2,5 m, 4 lugares e porta-malas de 230 litros.
Nos conteúdos, vem bem equipado: seis airbags, assistente de partida em rampa, piloto automático, monitoramento de calibragem de pneus, freio de estacionamento eletrônico, sensores de estacionamento câmera de ré automática, além de multimídia de 10”, cluster de 7” e carregador por indução para smartphone.
A marca oferece até 5 anos de garantia (para alguns itens é menos do que isso) e 8 anos para bateria.
Antes de seu lançamento, havia expectativa de que custasse menos de R$ 100 mil. E não apenas de jornalistas e especialistas, mas de outras montadoras. A Renault, por exemplo, se antecipou e baixou o preço do Kwid elétrico para R$ 99.990.
Durante o lançamento, foi dito que a pré-venda gerou 7 mil pedidos, mas pelas redes sociais há consumidores reclamando e solicitando o reembolso. Só no site Reclame Aqui, a reportagem contou 60 clientes pedindo reembolso dos R$ 10 mil de entrada após se decepcionarem com o preço. Procurada, a BYD não informou quantas unidades foram vendidas.
Com frustação ou não, a BYD está com planos ambiciosos: espera emplacar 25 mil unidades do Dolphin Mini e vender, no total, 120 mil carros – com o atual portfólio e mais lançamentos. Em 2023, a marca registrou a venda 18.300 unidades. O Dolphin Mini também está nos planos de produção em Camaçari (BA).
Ramos deixa a GWM Brasil
De forma inesperada, a GWM anunciou a saída do CCO Oswaldo Ramos, na função desde 2021, e do Head de marketing, Luis Fernando Guidorzi.
A área comercial da GWM Brasil passará a ser conduzida por Alexandre Oliveira, Senior Head de Vendas e Desenvolvimento de rede, que da comercialização e distribuição de veículos e do relacionamento com os concessionários. André Leite, Senior Head de Produto, acumulará as áreas de marketing e desenvolvimento de produto. Daniel Conte, Senior Head de Pós-Venda, será o responsável pela gestão dos processos de serviços, distribuição de peças e atendimento ao cliente. Os três executivos reportam diretamente para James Yang, CEO da GWM Americas e presidente da GWM Brasil.
Ford inicia pré-venda da E-Transit
A Ford Pro anunciou a abertura da pré-venda da E-Transit furgão e chassi cabine. O primeiro lote que chega no final de março conta com 300 unidades. Ambas versões custam R$ 542 mil e possuem condições especiais de venda, com garantia de 3 anos e cobertura de 8 anos para a bateria.
De acordo com a marca, o custo total de operação é 40% menor comparado à versão a combustão.
A Ford E-Transit vem equipada com motor elétrico de 269 cv de potência e 43,8 kgfm de torque e tração traseira. A autonomia pelo Inmetro não foi divulgada, mas deve ficar próxima de 225 km. A recarga da bateria de 68 kwh pode levar de 35 minutos em carregador rápido a 8 horas em wallbox de 11 kwh.
A van E-Transit traz serviços conectados e tecnologias semiautônomas, como sistema de frenagem autônoma, além de controle de tração e estabilidade AdvanceTrac e câmera 360°, entre outros itens.
Dunlop lança pneu e projeta aumento de produção
A Dunlop está lançando o SP926, pneu produzido no Brasil voltado a caminhões de uso misto. A fabricante mira o potencial mercado das usinas canavieiras, construção e coleta de lixo.
O design traz sulcos mais largos para melhorar a autolimpeza e a aderência. O desenho robusto evita a retenção de pedras. O modelo também está 43% superior na duração quilométrica em relação ao antecessor, auxiliado pela incorporação de nylon no talão. O pneu Dunlop SP926 estará inicialmente disponível na medida 295/80R22.5 em todos os distribuidores do país.
Com investimento na ordem de R$ 2,5 bilhões entre 2021 e 2025, a Dunlop, do Grupo Sumitomo Rubber, pretende reforçar em 50% o volume produzido na planta do Paraná, dos atuais 20 mil para 30 mil unidades diárias até 2029.
Hoje a fábrica opera com 1.900 funcionários em três turnos e mais 300 devem ser contratados até o próximo ano.
A fabricante tem como principais clientes OEM: Toyota, Honda, Fiat e Volkswagen. Entre os pesados, apenas 10% da produção, estão VWCO, Iveco e Volare.
As montadoras representam 20% de sua participação, enquanto outros 80% estão no mercado de reposição – dentro desses, 60% voltados a veículos leves.
*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br e do canal @viadigitalmotors no YouTube. Acesse: linktr.ee/viadigitalmotors E-mail: lucia@viadigital.com.br