Em entrevista ao Diário do Rio Claro, o senador eleito Major Olímpio deu diretrizes de como pretende encaminhar seu mandato.
Conforme enfatizou à reportagem, a grande diferença entre as cadeiras na Câmara dos Deputados [na qual é eleito] e no Senado é que, enquanto o primeiro cargo representa a população do Estado, o segundo, representa “o próprio Estado”.
Olímpio ingressou na política em 2006, quando foi eleito pelo PDT – mesmo partido de Ciro Gomes – ao cargo de deputado estadual. Foi reeleito e permaneceu no posto até 2014. Em 2015, assumiu seu primeiro mandato como deputado federal. Em 2016, se desligou do partido do ex-presidenciável Ciro Gomes e foi para o Solidariedade. Em março de 2018, filiou-se ao PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, para concorrer ao senado federal.
FENÔMENO
Olímpio atribui à corrupção em todos os níveis da administração pública o fenômeno 17, que foi a grande novidade nessas eleições. “O 17 com Bolsonaro veio como a grata esperança de mudar de verdade o Brasil. Os esquerdopatas destruíram o país, levaram a corrupção e o desvio de dinheiro público a todos os níveis da administração. A revolta popular veio com o 17”, analisa.
RIO CLARO
Eleito com 9.039.717 votos, dos quais 51.400 foram obtidos somente em Rio Claro, o Major destacou que pretende trabalhar para melhorar a segurança no Estado e, como consequência, a do município. Importante destacar que, em julho, o Centenário publicou reportagem sobre o Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), que coloca a cidade como a mais violenta, proporcionalmente, se comparada com Sorocaba, Campinas, Ribeirão Preto e Piracicaba.
Questionado sobre como diminuir esses números, disse ao Centenário que pretende trabalhar para aumentar o repasse de recursos para garantir “mais segurança para Rio Claro” e para o Estado. E a matemática, segundo Olímpio, é simples. De acordo com ele, o Estado de São Paulo repassa cerca de R$ 600 bilhões por ano para os cofres da União, dos quais recebe de volta apenas 7%. “Dá pouco mais de R$ 35 bilhões. Nós precisamos buscar mais recursos para São Paulo, mais estrutura pública, ajudar o governo do Estado na condução das políticas públicas. E é isso que eu farei”, sentencia.
Com os recursos, Olímpio afirma ser possível ajudar no combate às facções criminosas e enfrentar o narcotráfico. “Será possível também prestigiar as forças policiais federais, estaduais, municipais e os funcionários do sistema criminal carcerário”, pontua.
FISCALIZAÇÃO
Olímpio enfatizou que Rio Claro pode esperar um senador atuante e que vai fiscalizar os recursos dos cofres públicos. “Rio Claro pode esperar ter um senador de verdade, que defende o Estado para valer e que não se intimida. Que lutará pelo retorno para São Paulo de uma parcela decente dos impostos que pagamos à União, que vai lutar por segurança de verdade e que fiscalizará cada centavo do dinheiro público e que todas as lutas de Rio Claro serão as batalhas a serem travadas por mim”, garante.
BOLSONARO
Já em relação às declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro, sobretudo relacionadas à política internacional, o major destacou que são para aumentar a dignidade brasileira no cenário internacional. “Quando ele emite as opiniões sobre política internacional, fala sobre as questões do Mercosul, Oriente Médio, China, Rússia, etc., está simplemente fazendo uma manifestação do posicionamento dele, e que possam ser efetivos para aumentar a dignidade da população brasileira e o respeito na comunidade internacional”, finaliza.