Buenas, aventureiros desse planeta redondo e “mucho loco” que vivemos.
Hoje em dia vivemos em uma pluralidade gigantesca, seja em nosso cotidiano pessoal, profissional ou espiritual. Nas diversões, nos meios de comunicação, na gastronomia, na publicidade, em todo o marketing. Tudo isso se reflete em tudo o que consumimos também.
Com essa afirmação, não poderia deixar de ter um “eco” também em nosso universo geek. Principalmente em nossos super-heróis tão queridos, mas que podem também ter más influências.
Luxúria, violência, maus tratos, ganância, gulodice, preguiça, banditismo, tudo isso e mais um pouco, podemos observar hoje nas atitudes de muitos dos “super-heróis” que estão por aí. Seja nas “telonas”, ou nas HQs, nas “séries” ou nos “animes”, influenciando gerações.
Isso sem entrarmos muito no mundo dos games, onde existem “jogos” onde você pode assumir e “ser” um traficante, assassino, ladrão, amante, ou seja, tudo de “ruim” que podemos saber sobre atitudes “sem valor” e que danificam todos os valores de moral e ética que sabemos. Sem falar dos “fatalities” ou “brutalities” de games como Mortal Kombat, que considero um dos mais violentos.
Em tempo, fiquei pasmo com o “Fatality da ceia de Natal” mais recente. Simplesmente “disgusting” (nojento). Digite no google, tem vídeos no Youtube mostrando.
Mas isso é um tema para uma coluna inteira, só sobre os games violentos.
Em um estudo de psicologia apresentado na universidade de Massachusetts, nos EUA, a pesquisadora Sharon Lamb fez um estudo com 674 meninos de quatro a 18 anos de idade para descobrir o que eles mais se identificam e veem na TV e no cinema.
Segundo a pesquisadora, os super-heróis de “antigamente”, sem sua “identificação” ou “roupa” de super-heróis, eram pessoa normais, com fraquezas e problemas “normais”. Tinham “carreira”, vida pessoal, “lutas” pessoais, ideais. O que difere dos atuais ditos “super-heróis”, onde podemos observar atitudes e referências “perniciosas” à construção de personalidades jovens.
“O super-herói de hoje é como um herói de ação que pratica violência sem parar. Ele é agressivo, sarcástico e raramente fala sobre as virtudes de se fazer o bem para a humanidade”, disse Lamb, segundo artigo no jornal britânico The Guardian.
“Esses homens, como é o caso do Homem de Ferro, exploram as mulheres, exibem joias e demonstram sua masculinidade com armas poderosas”, afirmou, se referindo a um herói que foi sucesso de bilheteria com um filme neste ano. (https://www.terra.com.br/byte)
Podemos afirmar que muitos dos mais “cultuados” ditos super-heróis de hoje, tem como “defeito” a preguiça.
Podemos observar em muitos como:
DEADPOOL – Wade Wilson, conhecido como Deadpool, é famoso por sua atitude irreverente e seu senso de humor peculiar. Ele pode parecer preguiçoso devido à sua abordagem descontraída em relação à vida e ao combate.
LANTERNA VERDE: (Guy Gardner) – Dentre os vários Lanternas Verdes, Guy Gardner é conhecido por sua personalidade extrovertida e muitas vezes irreverente. Sua abordagem casual pode dar a impressão de preguiça.
HULK – Enterrado sob os músculos, este Hulk tem cérebro, mas sua relutância em usá-los é perigosa. Ele parece investido em uma identidade monossilábica que lhe permite agir impunemente, e quando pode, dá aquela “descansadinha”.
Ainda segundo a Pesquisadora: “Preguiçosos são engraçados, mas preguiçosos não são o que os meninos deveriam querer ser. Eles não gostam da escola e evitam responsabilidades”, afirma Lamb. (https://www.terra.com.br/byte)
Ainda sobre o DEADPOOL, um exemplo notável e carismático, conhecido por seu humor ácido e comportamento imprudente. Embora suas façanhas possam entreter os fãs, a falta de responsabilidade e a propensão para a violência do personagem podem enviar mensagens contraditórias sobre as consequências de ações impulsivas. A juventude, muitas vezes impressionável, pode erroneamente interpretar esses comportamentos como aceitáveis, desconsiderando os perigos da falta de controle e reflexão.
Com base em outro estudo, da Universidade do Arizona, também apresentado na conferência, afirma que a capacidade dos meninos de evitarem estereótipos masculinos diminui quando eles entram na adolescência.
Segundo o professor Carlos Santos, que fez a pesquisa com 426 meninos, “ajudar os meninos a resistir a esse tipo de comportamento o mais cedo possível parece ser um passo vital para se melhorar a saúde e qualidade das suas relações sociais”.
Em tempo: No ano de 2018, o filme DEADPOOL 2, bateu recorde de arrecadação faturando um total de US$ 785 milhões.
Até Batman e Robin do seriado “antigaço” com Adam West no papel de Batman, também davam “pitacos” de preguiça e indolência: “Santa preguiça Batman”…rsrsrsrsrsrs
Outro personagem que pode ser interpretado de maneira questionável é o Homem de Gelo, cuja descontração muitas vezes ultrapassa os limites da irresponsabilidade. Seu estilo de vida despreocupado pode sugerir que não é necessário levar a sério compromissos ou responsabilidades, potencialmente influenciando os jovens a adotarem uma atitude descomprometida em relação aos seus próprios deveres.
Além disso, a sátira presente em heróis cômicos como “The Tick” pode levar os jovens a menosprezar a seriedade das situações, dificultando a compreensão da gravidade de certas circunstâncias. A tendência destes personagens em ridicularizar o heroísmo pode contribuir para uma visão distorcida do valor do altruísmo e da importância de lutar por causas justas.
Até Thor em sua última aparição nas “telonas”, nos deu um “banho” de preguiça, indolência, gulodice e bebedeira. Mas Thor é Thor né?……ou não?
No universo dos quadrinhos e da cultura popular, os super-heróis são celebrados como ícones de virtude, coragem e justiça, tornando-se verdadeiros “influencers”. No entanto, por trás das capas coloridas e poderes extraordinários, alguns personagens famosos possuem defeitos de personalidade que, inadvertidamente, podem exercer uma má influência sobre a juventude. A glorificação de características como comportamento irresponsável, irreverência e desleixo pode moldar perspectivas distorcidas, prejudicando o desenvolvimento moral dos jovens.
Talvez algum leitor não concorde com as afirmações aqui dispostas. Ou talvez ache que tem muito mais “coisas” por aí que possam “influenciar” muito mais negativamente do que super-heróis, ou games, ou HQs. Mas estamos falando aqui da persuasão extrema e “influencia dirigida” que todas essas vertentes geeks, “entram” no mundo dos jovens, talvez alheios às importâncias de “boas referências”, ou escolha de melhores, sabendo “discernir” sobre o que realmente é “bom”, e o que realmente é “pernicioso”. O que torna isso uma “arma” perigosa para qualquer “mal intencionado” que queira usar todo esse “aparato” geek, de forma vil.
Em tempo: Pernicioso = que faz mal, nocivo, ruinoso.
Em última análise, a responsabilidade recai sobre criadores e consumidores de mídia para discernir entre a diversão fictícia e valores prejudiciais.
Os defeitos de personalidade em super-heróis não devem ser ignorados, mas analisados criticamente para evitar que se tornem modelos negativos para a juventude.
É crucial promover personagens que inspirem não apenas pela bravura em combate, mas também pelo caráter sólido e pela ética exemplar, moldando assim uma geração de admiradores que busquem verdadeiramente a excelência moral.
Uma opinião do colunista!
Até a próxima, aventureiros.
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Fontes: terra.com.br/byte, adrenaline.com.br, thenexus.one.
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Por: Celso Marcondes Filho / Fotos: Divulgação