A falta de endocrinologista na rede pública tem prejudicado a vida de muitos pacientes.
Sem o especialista, fica difícil a retirada de medicamentos de alto custo que são necessários para o controle da saúde. Danilo Bernardi, de 32 anos, enfrenta o problema. Ele precisa apenas da assinatura de um médico para poder retirar os remédios no Cead, porém, há três meses enfrenta o drama de não conseguir.
Com a dificuldade, precisa recorrer a outras medicações para controle da diabetes. A mãe conta que está fazendo uso de várias insulinas rápidas por dia, sendo que com a outra medicação seriam apenas duas por dia. “Ficamos revoltados, a diabetes é perigosa, precisa urgente, enquanto isso, o fígado vai se destruindo”, disse.
O paciente vai tentando amenizar os índices da doença e controlando com base na alimentação. “É muito triste saber que tem como controlar os efeitos e, por causa da falta de uma assinatura, não consegue”, desabafou a mãe emocionada.
Danilo não está sozinho. A prefeitura não informou a quantidade de pacientes, porém, confirmou a falta do especialista. Segundo apurou o Diário do Rio Claro, muitas outras pessoas estão na mesma condição, inclusive, crianças.
A vereadora Maria do Carmo Guilherme tem acompanhado o problema com os pacientes que a procuraram e cobrou posicionamento na tribuna da Câmara.
Em nota, a prefeitura explicou a atual situação. Como o endocrinologista que atendia no Cead pediu demissão, houve necessidade da Fundação Municipal de Saúde providenciar, em caráter emergencial, a contração temporária de um endocrinologista, que vai atender a partir da semana que vem, tão logo os trâmites administrativos sejam concluídos.
Essa contratação temporária permanecerá até que a realização do concurso público para a área municipal de saúde, que está com inscrições abertas e tem vaga para endocrinologista, traga a homologação do resultado. O profissional melhor colocado assumirá o cargo de maneira efetiva.
Ótima matéria. Na oportunidade, gostaria de deixar uma sugestão de pauta: Agora que os médicos cubanos terão que deixar o Pais, que tal fazer uma matéria sobre o número de médicos cubanos que atuam em Rio Claro, onde atuam, e o que a Prefeitura está fazendo para agilizar a reposição desses profissionais.