Os bons índices de Rio Claro credenciaram o município a pleitear ao Ministério da Saúde o selo de boas práticas pela eliminação da transmissão vertical de HIV. Nos últimos anos o município não teve nenhum caso de HIV transmitido de mãe para filho durante a gestação.
Técnicos do governo federal estiveram nesta terça-feira (7) na unidade básica de saúde da Vila Cristina e no Serviço Especializado em Prevenção e Assistência para IST/Aids/Hepatites Virais (Sepa) para visitas técnicas. Na segunda-feira a equipe federal participou de reunião na Fundação Municipal de Saúde. O processo para certificação inclui também visita à Vigilância Epidemiológica, laboratório do Instituto Adolfo Lutz e maternidade da Santa Casa.
“O município vem trabalhando para cada vez mais desenvolver ações de promoção à saúde e a prevenção é parte fundamental deste trabalho”, observa Marco Aurélio Mestrinel, presidente da Fundação Municipal de Saúde.
Gestantes com HIV fazem acompanhamento pré-natal no Sepa, onde após o nascimento os bebês passam por acompanhamento com infecto-pediatra. Dessa forma, o profissional consegue monitorar o uso de medicamentos corretamente e a regularidade nos exames das gestantes e dos bebês. A unidade também providencia para que insumos e medicamentos estejam disponíveis para o momento do parto.
Esse trabalho de acompanhamento tem como objetivo a não transmissão vertical de HIV. Em 2020, oito gestantes com HIV deram à luz e nenhuma das crianças tem HIV. Em 2021 foram cinco mães e também não houve transmissão do vírus para a criança. As crianças nascidas em 2022 e 2023 ainda estão em acompanhamento, uma vez que o período mínimo estipulado pelo Ministério da Saúde é de 1 ano e 8 meses pós nascimento.
“Para a certificação o município preencheu a documentação necessária, que passou por análise de comissão estadual”, informa Débora Mota Tavares, que coordena o setor de Especialidades da Fundação de Saúde. O Ministério da Saúde verifica as informações e equipe técnica checa os dados. O passo final é a avaliação da comissão nacional de validação, que a partir das informações coletadas e do relatório final dá o parecer quanto à certificação.
São elegíveis à certificação municípios com mais de 100 mil habitantes e que atendam a critérios estabelecidos no Guia de Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis, em consonância com a Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde.
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