Preso neste sábado por grampo ilegal contra a ex-amante, o ex-delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal Robson Cândido faz parte do Conselho Fiscal do Banco de Brasília (BRB).
No BRB, são cinco os conselheiros titulares e quatro suplentes. Robson foi indicado pelo controlador do banco, o Governo do Distrito Federal, para representá-lo no Conselho. Dois dos titulares são nomeados pelos demais acionistas da instituição.
Por regra, o Conselho Fiscal de uma empresa ou de uma instituição financeira fiscaliza todas as contas para assegurar que as operações realizadas estão dentro da lei. O Conselho pode recomendar que um negócio seja desfeito e denunciar irregularidades.
No caso específico do Banco de Brasília, o Conselho Fiscal tem “como missão fiscalizar os atos da Administração no desempenho econômico, financeiro e orçamentário, observando o cumprimento dos deveres legais e estatutários, visando a proteção dos interesses do BRB e dos seus acionistas, assim como demais competências previstas na Lei 6.404/76”, das Sociedades Anônimas (S/A).
Os conselheiros são muito bem remunerados. Há um salário fixo e um ganho variável que acompanha os salários dos diretores da instituição. No caso de Cândido, esses valores se somavam aos rendimentos dele pagos pela Polícia Civil.
O Conselho Fiscal do BRB tem se debruçado sobre números nada bons do banco, sobretudo na parceria com o Flamengo, que resultou na criação da plataforma Nação BRBFla. Desde que foi lançada, acumula prejuízo de R$ 455 milhões.
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