As equipes esportiva e médica realizaram, em Interlagos, os preparativos para receber o GP São Paulo de Fórmula 1.
Os exercícios de extração de pilotos em caso de acidente, transporte para o centro médico e, em seguida, para um dos dois hospitais de plantão da rede Prevent Senior – Sancta Maggiore Dubai e Sancta Maggiore Itaim – funcionaram com precisão.
“O que realizamos foi um teste de fluxos e sistemas para detectar perigos latentes”, explicou Álvaro Razuk, diretor-médico da Prevent Senior.
No simulado realizado no fim de semana, a Prevent envolveu 16 médicos e 8 enfermeiros. Nos três dias do GP (3, 4 e 5 de novembro), estarão a postos 36 médicos e 18 enfermeiros no centro médico do autódromo de Interlagos e duas equipes de plantão nos dois hospitais.
A médica Gabriela Feliciano fez a vez do “piloto” retirado de um monoposto para simular um acidente. Ela foi levada para o centro médico e, depois, de helicóptero para o hospital.
“A escolha por uma médica foi para garantir o melhor das informações após a operação. Ela pode contribuir com informações mais precisas e seguras se tudo funcionou bem”, disse Razuk.
Dino Altmann, diretor-médico do GP São Paulo de F1, avalia que o exercício foi perfeito: “estamos prontos para mais um Grande Prêmio”.
Simpósio
Dino Altmann e Álvaro Razuk são os responsáveis pelo Simpósio Sancta Maggiore de Atendimento ao Trauma no Motorsport, que acontece nos dias 30 e 31 de outubro.
Com apoio da Confederação Brasileira de Automobilismo e da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado, o simpósio será realizado na sede do Instituto Prevent Senior e, no segundo dia, a parte prática terá como local o centro médico do autódromo de Interlagos.
Suporte na pista
Na parte esportiva, o número de fiscais de pista aumenta em 20%, chegando a 380 voluntários (três por cada posto) nos 4,3 quilômetros do circuito, além da área de box.
A direção de prova estabeleceu 17 telehandlers (equipamento para remoção dos carros) em vez dos 14 utilizados no ano passado. Um dos motivos para o aumento do efetivo foi a introdução de uma nova categoria suporte do evento – a Fórmula 4 – além da tradicional competição com os carros Porsche.
Os exercícios de remoção dos carros em caso de acidente ou falha mecânica foram praticados com monopostos criados por alunos de engenharia de distintas faculdades como a Universidade Federal do ABC, Faculdade de Engenharia Industrial, Mauá e Unesp (Bauru). “Além de cumprir perfeitamente a função, o emprego dos carros pela organização do GP também serve de incentivo para os estudantes continuarem desenvolvendo esse projeto” observa Felippe Biazzi, diretor de prova do GP São Paulo de F1.
Por E. Cortez / Foto: Bruno Motta/F1 GP São Paulo