A Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), realizou na última quarta-feira, dia 18, a Operação Drake contra suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em roubos de motos de alta cilindrada. O grupo criminoso atua especialmente em São Paulo e em cidades da região metropolitana.
Nesta fase da operação, os policiais cumpriram oito mandados de busca e apreensão. São seis alvos identificados em oito endereços diferentes nas cidades de São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu das Artes.
As investigações tiveram início há seis meses e começaram a partir das informações levantadas pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), da Secretaria da Segurança Pública (SSP). O trabalho de investigação foi liderado pelo Cerco, da 4ª Seccional de São Paulo.
O principal objetivo é desarticular o grupo de criminosos armados que abordam as vítimas para roubar os veículos.
As motos com mais de 500 cilindradas e de alto valor são visadas, principalmente, por bandidos que ostentam os veículos roubados nas comunidades e nas redes sociais.
O nome da operação é em referência à expressão “mandrake”, gíria usada pelos criminosos para “ladrões de moto”.
Encontros no CICC
Os roubos de motos de luxo registrados ao longo do ano foram tema de cinco encontros realizados pelas forças de segurança do estado no Centro Integrado de Comando e Controle, na capital paulista.
O trabalho desenvolvido em parceria com as vítimas e com os grupos de motociclistas subsidiou um relatório que foi encaminhado à Polícia Civil e deu origem às investigações para desarticular essas quadrilhas.
No entorno da Grande São Paulo, a Polícia Militar Rodoviária, por meio do 6º Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), está atuando nas regiões de Guarulhos, São Paulo e São José dos Campos com foco no combate a esses crimes. O efetivo, com uso de motos, opera nos horários de maior incidência de roubos, conforme os registros de boletins de ocorrências.
Menor índice de roubos de veículos em período sem pandemia
O número de roubos de carros no Estado de São Paulo está no menor patamar da história para anos “normais”, ou seja, sem a pandemia do coronavírus.
De janeiro a agosto, o número ficou em 24.235, 64% a menos do que em 2014, pior ano da série histórica, que registrou 67.781 casos.
Este número só fica atrás dos anos de 2020 e 2021, anos atípicos de pandemia, que teve pouco mais de 20 mil casos.
Na capital, este tipo de crime também caiu e se aproxima de índices registrados em 2020 e 2021. Foram 9.727 casos de janeiro a agosto deste ano, 72% a menos no que em 2001, que teve 34.716 registros e é o pior ano da série histórica.
A Grande São Paulo também registrou os menores índices deste crime em anos sem pandemia. Foram 7.980 casos contra 19.948 em 2001, uma queda de 60%.
Na comparação direta com o ano passado, os números também caíram. De janeiro a agosto houve uma queda de 4% nos roubos de veículos na capital em comparação ao mesmo período do ano passado. Na região metropolitana, a queda foi de 9,4%. Já no estado, o número de registros caiu 5,4%.
Foto: Governo do Estadual