Os índices de vacinação vêm diminuindo em todo o país. As autoridades públicas de saúde buscam desenvolver ações para incentivar a vacinação e impedir o retorno de doenças já erradicadas, como a poliomielite (paralisia infantil). Em Rio Claro, a prefeitura criou um comitê para planejar e coordenar atividades de multivacinação no município.
O Comitê de Coordenação foi criado através da Portaria nº 6.937/2023, publicado na edição de quarta—feira (18) do Diário Oficial do Município. De acordo com o documento, Rio Claro optou pelo microplanejamento para a realização das ações de multivacinação.
O microplanejamento “tem como objetivo a realização de atividades de vacinação de alta qualidade (Avaq) que visa o resgate das coberturas vacinais dos programas de rotina e outras estratégias de vacinação, bem como a erradicação, a eliminação e o controle das doenças imunopreviníveis”.
O Comitê de Coordenação será organizado visando a implantação das atividades de vacinação de alta qualidade (Avaq) e o processo de microplanejamento. O órgão é composto por profissionais da Fundação Municipal de Saúde e das secretarias municipais de Educação e Desenvolvimento Social, Unesp (Universidade Estadual Paulista), Rotary Club, Conselho Municipal de Saúde e pastorais.
A estratégia faz parte dos esforços do Ministério da Saúde para aumentar os índices de vacinação no Brasil. Conforme a pasta, “a ideia é que o município se organize e se planeje considerando a sua realidade local. Neste sentido, a estratégia de imunização será adaptada conforme a população, a estrutura de saúde, a realidade socioeconômica e geográfica”.
Índices de vacinação
No Brasil, no período de 2015 a 2022, as coberturas vacinais das crianças menores de 1 ano e de 1 ano de idade apresentaram queda gradativa, intensificadas no período da pandemia de Covid-19 no país. A partir de 2020, a maior parte dos imunobiológicos apresentou coberturas vacinais abaixo de 80%. Em 2022, a cobertura vacinal foi maior para as vacinas BCG (90%), hepatite B ao nascer (82%) e tríplice viral D1 (80%). Apenas a vacina BCG apresentou cobertura vacinal adequada em 2022.
Com relação à poliomielite, a cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95% para esta vacina. No estado de São Paulo, a taxa de vacinação contra a pólio foi de 77% em 2022, também abaixo da meta.
Redação DRC / Foto: Valter Campanato/Agência Brasil